JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O piloto Paulo César Asoia Bertocini, de 30 anos, informou na manhã desta terça-feira (17), aos familiares e à Polícia que está na Bolívia. Ele estava desaparecido desde o dia primeiro de dezembro, quando decolou do aeroporto do município de Juína (600 km de Cuiabá), em uma aeronave PP-VIM, modelo Cesna, com capacidade para cinco pessoas.
Conforme os familiares, o piloto teria deixado passageiros para trás e decolado sem realizar os procedimentos padrão, deixando a hipótese de sequestro.
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Ao RepórterMT, uma parente do piloto disse que ele não deu detalhes do que ocorreu, mas confirmou que teria sido sequestrado. “Felizmente ele está vivo e bem. Ele nos ligou dizendo que foi abandonado pelos sequestradores na Bolívia e que estava tentando encontrar um meio de voltar para casa, já que a Polícia de lá não estava ajudando”, explicou.
Não se tem informações sobre o paradeiro da aeronave. Após retornar à Juína, Paulo deverá ser ouvido pelo delegado da Polícia Civil, Rodrigo Rufato, para dar continuidade as investigações do caso.
A aeronave pertencia ao prefeito de Juara, Édson Piovesan (PSD), e está avaliado em R$ 1,5 milhão.
O DESAPARECIMENTO
O piloto desapareceu na manhã de domingo (01), quando foi visto decolando do aeroporto de Juína. Conforme informações dos familiares, ele foi contratado por um grupo de pessoas que iriam para Cuiabá, porém antes do horário combinado Paulo César decolou de forma suspeita.
Conforme o investigador da Polícia Civil, o piloto também não acionou o sistema de transponder (GPS) da aeronave, dificultando a sua localização. “Além disso, a base em Cuiabá, onde era o destino do piloto, não recebeu nenhuma informação sobre a viagem, levantando ainda mais suspeitas”, disse.
O sumiço do piloto foi comunicado à Polícia Civil, pela mãe dele, a senhora Brígida Azoia Bertocini.
SUSPEITA CONFIRMADA
As suspeitas da Polícia foram confirmadas. Já que o delegado Rodrigo, disse as investigações indicavam que o piloto teria seguido rumo à Bolívia.
A operadora telefônica por meio de um torre, rastreou o ponto da onde o aparelho celular emitiu o último sinal. “O sinal do celular veio do município de Alta Floresta do Oeste, em Rondônia, na divisa com a Bolívia. Geralmente esse roteiro é usado por quem quer ir ao país”, destacou.