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Cuiabá, 04 de Julho de 2025
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31 de Dezembro de 2017, 11h:40 - A | A

POLÍCIA / COLNIZA

MPE aponta médica como mandante de execução de prefeito

A afirmação consta na denúncia encaminhada à Justiça pelos promotores Leandro Túrmina e Willian Oguido Ogama, na última sexta-feira (29).

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O Ministério Público do Estado (MPE) afirmou que a médica Yana Fois Coelho Alvarenga foi a mandante da execução do prefeito de Colniza (1.065 km de Cuiabá), Esvandir Mendes, 61 anos, ocorrida em 15 de dezembro. A afirmação consta na denúncia encaminhada à Justiça, na última sexta-feira (29).

Yana é mulher do empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, apontando inicialmente como mandante e executor do crime. O casal está preso, assim como outros dois executores do assassinato, Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito Silva. Todos foram denunciados pelo MPE, que também pediu a manutenção das prisões dos acusados.

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Também está envolvido na execução, mas não foi denunciado o menor J.V.O.P., de 15 anos, irmão do empresário. Ele teria ajudado na fuga dos executores após o assassinato.

A denúncia foi assinada pelos promotores de Justiça Leandro Túrmina e Willian Oguido Ogama, que acusaram os quatro pelos crimes de homicídio qualificado - por motivo fútil, promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima -, homicídio tentando, corrupção de menores, entrega de veículo automotor à pessoa não habilitada e receptação de arma de fogo produto de furto.

Em relação à médica, os promotores apontaram que a cada depoimento, Yana se contradizia e chegou a influenciar o depoimento do menor envolvido.

“Outrossim, a cada novo depoimento a denunciada se contradiz, apresentando novos elementos que lhe colocam como mandante dos crimes (em que pese não ter executado, materialmente, os disparos de arma de fogo que ceifaram a vida do Prefeito Municipal)”, apontaram os promotores.

“O próprio adolescente J.V.O.P. declarou que antes, durante e após os fatos, frequentou a residência da Representada, tendo mentido em seu depoimento, conforme confissão realizada quando de sua apreensão, o que demonstram a constante interferência da Representada na vida do adolescente, de modo que o seu último depoimento foi essencial para o esclarecimento dos fatos, em especial a participação daquela”, completaram Túrmina e Ogama, na denúncia.

Apesar de não detalhar os motivos que levaram ao crime, o MPE pontuou que a médica trabalhava no Hospital Municipal para onde foram levadas as vítimas, de forma ilegal, pois não tinha prestado concurso.

“Não se pode olvidar, ademais, que mesmo após os fatos, continuou a exercer o seu labor no Hospital Municipal, primeiro local onde as vítimas foram encaminhadas, sendo que o fato de ser companheira do denunciado Antonio Pereira Rodrigues Neto prejudicou a colheita de informações no local por parte das autoridades que lá iam ouvir as vítimas, já que a denunciada e seu marido são pessoas com grande poder aquisitivo e que, pelo que consta, julgam-se acima do ordenamento jurídico”.

O crime

O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas morreu no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas.

 

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