APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) concedeu a soltura mediante a imposição de cautelares Emilly Kamilly Souza da Silva, conhecida como “musa do Tigrinho”. O advogado Rodrigo Pouso, que representa a acusada, postou parte do julgamento em suas redes sociais nesta quinta-feira (14). Ela foi presa em 3 de junho deste ano, em Cuiabá, por ordem do Poder Judiciário do Ceará.
A decisão do TJCE estabelece a obrigação de comparecimento quinzenal em juízo, proibição da ausência da comarca, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, uso de tornozeleira eletrônica pelo período inicial de seis meses, proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de acessar a internet e as redes sociais e proibição de qualquer atividade econômica relacionada a apostas ou sorteios.
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Emilly é acusada de lavagem de dinheiro; crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo; pirâmide financeira; estelionato e associação criminosa. A investigação teve início em decorrência da divulgação de jogos ilegais, conhecidos como “jogos do tigrinho”.
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Emilly ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, onde possui mais de 95 mil seguidores. Entre as viagens, ela exibia destinos como Paris, Maldivas, Suíça, Caribe, Tóquio, entre outros. A jovem também ostentava procedimentos estéticos.
Conforme a investigação policial, influenciadores com milhares de seguidores gravavam vídeos e imagens com ganhos fictícios em plataformas de cassino online e postavam em suas redes sociais para captar maior número de apostadores.
Os envolvidos também utilizavam conta “demo/teste” para iludir os seguidores, bem como integram uma rede que negociavam diretamente com chefes das plataformas que tem como proprietários pessoas que residem no exterior, a sua maioria na China, fazendo a indicação de outros influenciadores digitais para a divulgação do “Jogo do Tigrinho”.
Os influenciadores digitais eram remunerados de diversas maneiras, desde o pagamento pela simples colaboração (postagem da plataforma), como pela quantidade de novos usuários nas plataformas (cadastro), ou receberiam comissionamento pelo montante de apostas (valores depositados pelas vítimas), movimentando milhões de reais nos últimos anos.
Além do pagamento de valores, os chefes das plataformas também pagavam viagens para o exterior para os agentes e influenciadores digitais, cujas viagens eram ostentadas em suas redes sociais como sinônimo de prosperidade com o jogo.
Já os agentes de plataformas eram os responsáveis pela contratação dos influenciadores digitais, além de realizarem festas de lançamento de plataformas.