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Cuiabá, 14 de Agosto de 2025
14 de Agosto de 2025

13 de Agosto de 2025, 17h:47 - A | A

POLÍCIA / CASO RENATO NERY

Justiça Militar autoriza PMs envolvidos em morte de advogado em Cuiabá a voltar ao trabalho

Decisão do Conselho de Justiça da 11ª Vara Criminal de Cuiabá Especializada em Justiça Militar foi tornada pública nesta quarta-feira (13).

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



Os membros do Conselho de Justiça da 11ª Vara Criminal de Cuiabá Especializada em Justiça Militar decidiram, por maioria de votos, revogar parte das medidas cautelares que haviam sido impostas aos policiais militares Leandro Cardoso, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Wailson Alesandro Medeiros Ramos e Jorge Rodrigo Martins. Com isso, eles podem voltar à atividade policial, mesmo respondendo por suposto envolvimento na morte do advogado Renato Nery.

A decisão, contudo, mantém a obrigação dos acusados de manterem distância dos familiares de Renato Nery e das testemunhas do processo. A decisão fala em revogação “em parte” da decisão anterior, possibilitando o retorno dos réus à atividade policial, com a ressalva de exercerem apenas atividade-meio e não no serviço operacional.

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Ainda ficou acertada a realização de uma audiência de instrução, no dia 1º de setembro, às 14h.

Renato foi morto a tiros no dia 5 de julho do ano passado em frente ao consultório de advogacia em que trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa da Costa.

Conforme as informações divulgadas pela Polícia Civil, o assassinato de Renato Nery foi encomendado pelo casal de empresários Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, de Primavera do Leste, que prometeram o pagamento de R$200 mil aos executores, valor que não foi pago integralmente.

Tudo começou após eles perderem uma ação judicial para o advogado, referente à disputa de uma terra de mais de 12 mil hectares, localizada no município de Novo São Joaquim.

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Inconformados com o resultado, Julinere articulou os contatos necessários para viabilizar a execução. Já César, exerceu papel fundamental na viabilização do dinheiro.

O primeiro contato articulado por Julinere foi o policial Jackson Pereira, que contatou Heron alegando, inicialmente, que o mandante do crime era o próprio sogro. Depois ele revelou que os verdadeiros mandantes era o casal de empresários.

Outro policial militar, Ícaro Nathan Santos Ferreira, da inteligência da Rotam, também participou do crime como intermediário secundário, foi ele quem pegou a pistola no batalhão e emprestou a Heron. Ele também foi responsável por repassar parte do pagamento aos executores.

Uma semana após o crime, outros quatro policiais aparecem na trama criminosa. Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso forjaram um confronto para dar fim na arma usada para matar Renato Nery.

No falso confronto, um jovem morreu e outros dois ficaram feridos. Após as investigações, ele chegaram a ser presos, mas foram soltos e submetidos ao uso de tornozeleira eletrônica. Os quatro foram afastados do quadro da Polícia Militar.

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