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Cuiabá, 25 de Agosto de 2025
25 de Agosto de 2025

25 de Agosto de 2025, 17h:13 - A | A

POLÍCIA / TRIÂNGULO FATAL

Justiça mantém prisão de marido que mandou matar amante da esposa

O crime aconteceu na madrugada do dia 22 de março deste ano, em Sorriso.

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTER MT



O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Hélio Nishiyama, negou um pedido de soltura apresentado pela defesa do empresário Gabriel Junior Tacca, acusado de encomendar o assassinato de Ivan Michel Bonotto.

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Ivan foi esfaqueado no dia 22 de março, na distribuidora de bebidas de Gabriel, em Sorriso (397 km de Cuiabá). O autor das facadas foi Danilo Guimarães.

Conforme as investigações, Gabriel teria mandado matar Ivan, pois ele estava tendo um relacionamento extraconjugal com sua esposa, a ginecologista Sabrina Iara de Mello.

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Após o crime, Gabriel relatou à polícia que Ivan estava bêbado e teria se envolvido em uma briga com Danilo. Ele disse ainda que não conhecia nenhum dos envolvidos na confusão, nem mesmo a vítima.

Porém, de acordo com Nishiyama, os acusados simularam tudo para confundir as investigações.

Em suma, identificou-se que o paciente conhecia tanto a vítima quanto o executor do delito, em contrariedade aos seus depoimentos iniciais. Além disso, revelou-se que a coinvestigada Sabrina Iara de Mello, companheira do paciente, mantinha relacionamento extraconjugal com o ofendido”, destacou o desembargador.

Ainda durante as investigações, policiais descortinaram, a partir de imagens de câmeras de segurança, que, “após a vítima ser esfaqueada, os suspeitos Danilo Carlos Guimarães e Gabriel Júnior Tacca se dirigem ao interior da distribuidora [...] e lá permanecem conversando por aproximadamente dois minutos”, sugerindo que eles estariam em conluio.

O magistrado ressalta que a decisão que prorrogou a prisão temporária apresenta fundamentação idônea e suficiente para motivar a prorrogação da custódia cautelar, em vista da complexidade das investigações e da necessidade de conclusão das diligências pendentes.

Logo, a prorrogação da prisão temporária do paciente, ao menos pelo que consta dos autos até o momento, parece estar amparada em motivação concreta e idônea apta a demonstrar a imprescindibilidade da medida para garantir a conclusão adequada das investigações sem interferências, de modo que se afigura temerário promover a imediata restituição do status libertatis”, finalizou.

Relembre o caso

O crime aconteceu na madrugada do dia 22 de março deste ano. Após ser esfaqueado na distribuidora, que fica localizada no bairro Village, Ivan deu entrada no Hospital 13 de Maio.

Depois de alguns dias de tratamento, a vítima chegou a apresentar uma melhora, mas no dia 13 de abril sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Ainda de acordo com as investigações, Gabriel descobriu que estava sendo traído pela esposa e pelo amigo e contratou Danilo para matar Ivan, simulando uma briga de bar.

Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento foram checadas e mostraram que, na verdade, Gabriel atraiu Ivan até à distribuidora, local onde a vítima foi esfaqueada pelas costas.

Além disso, a polícia descobriu que a vítima, que morava em Tapurah, sempre que ia a Sorriso se hospedava na casa do casal, revelando um forte vínculo de amizade e intimidade com os mandantes do seu assassinato.

Fraude processual

Apenas quatro minutos após a vítima dar entrada no hospital, Sabrina chegou à unidade de saúde se apresentando como “amiga” do paciente, mas com a intenção de utilizar a sua posição de médica para subtrair o seu celular e apagar evidências da ligação do casal com a vítima.

No período em que esteve com o celular da vítima, Sabrina apagou mensagens, fotos e até mesmo um vídeo que Ivan tinha feito do seu executor. Somente após três dias com o aparelho, a médica entregou o celular à família da vítima e disse que havia apagado alguns arquivos com o fim de proteger Ivan.

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