DO REPÓRTERMT
A Operação Datar, deflagrada nesta quinta-feira (14) pela Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc), resultou no bloqueio de mais de R$ 32 milhões de alvos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Ao todo, 67 ordens judiciais foram cumpridas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, com a prisão de 19 pessoas e a apreensão de bens e valores.
Entre os alvos de sete mandados de prisão preventiva estão os DJs Diego de Lima Datto e Patrike Noro de Castro, além de Jackson Luiz Caye, Marco Antônio Santana, Lucas Goudinho, Thiago Massashi Sawamura e Rafael de Geon de Sousa. A investigação apontou que o grupo utilizava depósitos fracionados e empresas de fachada para movimentar os recursos, incluindo a M.A. Santana Utilidades Eireli, que registrou transações superiores a R$ 140 milhões sem comprovação de origem lícita.
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As ordens judiciais, expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, incluíram 11 medidas cautelares diversas da prisão, 14 mandados de busca e apreensão domiciliar, 19 ordens de bloqueio de contas bancárias e o sequestro de 16 veículos. No cumprimento das ordens, foram apreendidos R$ 60 mil em espécie, sete armas de fogo e oito veículos, entre eles quatro de luxo, como uma Mercedes-Benz e uma Land Rover.
A investigação também envolveu servidores comissionados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Vinicius Curvo Nunes e Thiago Inoue, que tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos e foram exonerados de seus cargos. O esquema ainda incluía a interposição de terceiros, incluindo familiares, para dificultar a rastreabilidade do dinheiro.