facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 05 de Agosto de 2025
05 de Agosto de 2025

04 de Outubro de 2018, 08h:45 - A | A

POLÍCIA / CAPIVARA EXTENSA

Homem que atirou em juiz já havia matado primo com tiro de espingarda e 14 facadas

Domingos Barros de Sá era réu por homicídio e iria ser sentenciado nos próximos dias. O criminoso morreu após tentar matar a tiros o juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O criminoso Domingos Barros de Sá, morto após atirar no juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva, na última segunda-feira (1), dentro do Fórum de Vila Rica (1.259 km a Nordeste de Cuiabá), respondia pelo homicídio do primo - Dimar de Souza Sá – assassinado com um tiro de espingarda e 14 facadas.

O crime ocorreu em 1999 e foi confessado em juízo por Domingos. No processo ele contou que executou o primo por causa de uma disputa de terras.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

No dia do crime, segundo o processo, por volta das 6h30, o acusado pegou uma espingarda calibre 36 e foi até uma fazenda da região encontrar o primo.

Após tomarem um café, os dois saíram da propriedade a pé em direção à cidade de Vila Rica. Depois de uns 150 metros percorridos, Domingos conta que deu um tiro à queima-roupa nas costas do primo.  

Mesmo ferido, Domingos relatou ao juiz que a vítima não desmaiou e que ainda tentou reagir ao tentar sacar um revólver.

"Enquanto eu estava esfaqueando, ele 'pinoteava' e eu não ia largar [a vítima] para ele pegar uma arma atirar em mim", contou o bandido.

Nesse momento, Domingos o esfaqueou no peito e no pescoço.

"[...] eu sabia que ele ia pegar o revólver, [...] mas, quando viu que eu caminhava com a faca, ele correu. Tentou passar debaixo do arame. [Dimar] já foi tarde”, detalhou o assassino. “[...] enquanto eu estava esfaqueando ele 'pinoteava' e eu não ia largar [a vítima] para ele pegar uma arma e atirar em mim", acrescentou no depoimento.

Em sua defesa, Domingos também disse que o primo dizia pela cidade que possuía um “livro da capa preta de feitiçaria, e que por isso bala não entrava nele de frente”.

Segundo Domingos, foi por isso que ele surpreendeu o primo com o tiro nas costas.

O criminoso disse ainda que se não matasse Dimar iria morrer primeiro, porque a vítima já tinha lhe "jurado de morte".

O atentado

Na segunda-feira, Domingos foi até o Fórum de Vila Rica, juntamente com o seu advogado, na condição de réu, para marcar a data do seu julgamento pelo homicídio do primo.

Os dois entraram no gabinete do juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva e ao se aproximar do magistrado Domingos sacou a arma. Eles entraram em luta corporal e o criminoso acertou Eduardo no ombro. 

Policiais militares, que fazem a segurança do local, determinaram a rendição do criminoso, mas sem sucesso. Sem opção, um militar disparou contra Domingos, que morreu no local.

Veja vídeo

 

Leia mais 

Juiz de MT é levado para Palmas para cirurgia de emergência

Bandido invade gabinete, atira em em juiz e é morto por PM

Comente esta notícia