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Cuiabá, 07 de Agosto de 2025
07 de Agosto de 2025

07 de Agosto de 2025, 14h:10 - A | A

POLÍCIA / TORTURA EM ESCOLA

Grupo de espancadoras usava lema "a gente mata ou morre"; lista revela apelidos de participantes

As alunas montaram um grupo, semelhante a uma organização criminosa, em que definiam atribuições e regras para suas integrantes.

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT



Uma folha de caderno com rascunhos, apreendida na casa de uma das menores envolvidas em uma sessão de tortura contra uma colega de 12 anos dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, na cidade de Alto Araguaia (415 km de Cuiabá), revelou que o grupo usava o lema “a gente mata ou morre”.

O documento também revela os “vulgos” de alguns participantes. O uso de “vulgos”, ou apelidos, é uma prática utilizada pelas facções para dificultar a identidade dos membros. Na folha é possível ver os “vulgos” de diversos membros. Aparecem na lista os nomes “capetinha”, “mafiosa”, “criminosa”, “boca”, “quebra osso”, “assistente”, “fantasma” e outros.

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Carta facção mirim

Vulgos de menores envolvidas em espancamento

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Paulo Batista de Oliveira, o grupo criado contava com cerca de 20 alunos da escola e adotava regras semelhantes às de facções, mas não há ligação desse grupo com grupos criminosos. Ainda conforme o delegado, as menores revelaram que agrediram outras quatro colegas, que também teriam descumprido as regras do grupo. Vídeos de outras agressões foram encontrados nos celulares das menores.

Com base nas provas colhidas, a autoridade policial concluiu o procedimento e o encaminhou ao Ministério Público, sugerindo a internação das adolescentes pelos atos infracionais análogos aos crimes de tortura e integração de organização criminosa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Um juíz da 1ª Vara de Alto Araguaia acatou a manifestação do MP e determinou a internação das menores. Com a decisão, as agressoras devem ser encaminhadas para o Pomeri, em Cuiabá. O caso está sob sigilo.

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