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Cuiabá, 07 de Agosto de 2025
07 de Agosto de 2025

07 de Agosto de 2025, 11h:15 - A | A

POLÍCIA / ROMBO DE R$ 21 MILHÕES

Servidor envolvido em esquema do TJ se entrega à polícia após oito dias foragido

Mauro Ferreira Filho foi alvo da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT



O servidor de carreira do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Mauro Ferreira Filho, foi preso na manhã desta quinta-feira (7), em Cuiabá. Ele estava foragido há oito dias, desde quando foi deflagrada a Operação Sepulcro Caiado, que investiga um grupo criminoso envolvido em um esquema de fraudes que resultou em um rombo de cerca de R$ 21 milhões dos cofres públicos do órgão.

Mauro era o único integrante do bando que ainda não havia sido preso. Ele estava foragido desde o dia 30 de julho, data em que a operação foi deflagrada pela Polícia Civil. Na manhã desta quinta, ele se apresentou na Delegacia Especializada de Estelionato da Capital, na presença de seu advogado.

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O esquema era formado por 11 integrantes, sendo empresários, advogados e servidores públicos do Judiciário. Os envolvidos são: o empresário João Gustavo Ricci Volpato, apontado como líder do esquema; a mãe dele, Luiza Rios Ricci Volpato; o irmão dele Augusto Frederico Ricci Volpato; o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Rodrigo Moreira Marinho; a advogada Melissa França Praieiro Vasconcelos de Moraes e o esposo dela Wagner Vasconcelos de Moraes; os advogados Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto, Regis Poderoso de Souza e Denise Alonso; e o servidor público Mauro Ferreira Filho.

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A princípio, João Gustavo e seus familiares ajuizavam ações de execução com documentos falsos e contavam com a ajuda dos advogados, que atuavam como representante da parte autora ou das vítimas, utilizando procurações falsas. Com isso, os servidores do TJMT, especialmente Mauro Ferreira, criavam planilhas falsas simulando depósitos na Conta Única do órgão, permitindo a obtenção fraudulenta dos alvarás judiciais para levantar os valores.

O esquema envolvia ainda a apresentação de comprovantes de pagamento forjados. Mauro Ferreira inseria dados nas planilhas de vinculação de valores, muitas vezes antes mesmo do requerimento formal nos autos dos processos.

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O prejuízo final, apenas nos 17 processos inicialmente identificados, ultrapassa R$ 11 milhões, mas a estimativa da polícia é que o rombo seja muito maior que R$ 21 milhões.

Todos os integrantes do bando respondem pelos crimes de integrar organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, patrocínio infiel e lavagem de capitais.

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