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Cuiabá, 07 de Agosto de 2025
07 de Agosto de 2025

07 de Agosto de 2025, 11h:51 - A | A

POLÍCIA / BARÕES DO PÓ

Preso por liderar quadrilha, presidente do MDB de Brasnorte é ligado a megatraficante

Alessandro Rogério de Aguiar fazia uso de aeronave para transportar droga e chegou a ter avião com 296 kg de cocaína abatido pela FAB

VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT



O presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Brasnorte (a 589 km de Cuiabá), Alessandro Rogério de Aguiar, foi preso na terça-feira (05) na Operação Narcoimperium, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. No pedido de prisão, o juiz federal Jeferson Shneider, da 5ª Vara da Justiça Federal da 1ª Região (TRF1), apontou que ele era ligado ao narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, vulgo Cabeça Branca.

Alessandro, que tem os apelidos de “Pelúcia” e “Gordinho”, foi apontado líder do grupo; proprietário de uma aeronave, abatida pela Força Aérea Brasileira (FAB), em setembro de 2021, com 296 kg de cocaína; e responsável pela contratação e pagamentos de pessoas que organizavam pistas de pouso e transbordo de drogas no município.

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Alessandro Rogério de Aguiar (vulgo Pelúcia e/ou Gordinho) exerce a liderança da organização criminosa, sendo, em princípio, o real proprietário da aeronave PT-INM e responsável pela contratação e pagamento de pessoas que organizavam pistas de pouso e transbordo de drogas na região de Brasnorte/MT”, diz trecho de um mandado judicial proferido pelo juiz federal.

Além disso, o juiz apontou indícios de que Alessandro seria sócio de uma madeireira, que seria o local utilizado por ele para realizar reuniões com outros envolvidos no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Ele já havia sido condenado há 14 anos de prisão pelos mesmos crimes, no âmbito da Operação Sem Saída. Apesar da condenação, ele foi colocado em liberdade mediante o uso de tornozeleira eletrônica e teria se aproveitado para reestabelecer os laços com os demais traficantes, mesmo sendo monitorado.

Outros três também foram alvos da Operação e de mandados de prisão. São eles: Maicon Prussak, Carlos Alberto Fernandes de Souza e Revelino Rodrigues.

Maicon seria o comprador da aeronave usada para transportar a droga. Carlos, vulgo Beto, também teria participado da compra do avião, fornecia documentos para realizar procedimentos financeiros relacionados à transferência da propriedade e era funcionário da madeireira.

Já Revelino usou o nome falso de Lucas da Silva Barros para retirar a aeronave da empresa onde foi comprada.

Além dos mandados de prisão, foram deferidos os mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e valores em até R$7,5 milhões e afastamento de sigilo telefônico de todos os quatro. 

Em novembro de 2024, Alessandro Rogério chegou a ser preso, também pela Polícia Federal, por ter vazado vídeos íntimos do delegado Eric Fantin (PL).

Operação Narcoimperium

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (05) a Operação Narcoimperium, com o objetivo de desarticular organização criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. As ações ocorreram nos municípios de Brasnorte e Tangará da Serra.

Cerca de 30 policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão temporária, seis mandados de busca e apreensão e sequestro de bens avaliados em aproximadamente R$ 7,5 milhões.

As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, em consonância com diretrizes que priorizam a descapitalização patrimonial de organizações criminosas, bem como a prisão de lideranças e membros estratégicos.

A investigação é desdobramento da Operação Catrapo, que revelou a atuação de organização criminosa transnacional, com capacidade logística e financeira significativa. O grupo utilizava aeronaves para o transporte de grandes carregamentos de drogas.

Durante o curso da investigação, foi possível comprovar que os investigados adquiriram um avião interceptado e abatido pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 2021, no município de Brasnorte, quando transportava cerca de 300 quilos de cocaína.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

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