DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Alexandre Corrêa Mendes, atribuiu parte da culpa da morte de Diego Kaliniski, que aconteceu durante uma abordagem policial na cidade de Vera (460 km de Cuiabá), à crise de autoridade, excesso de álcool e a falta de fiscalização de festas em locais públicos. Segundo ele, isso tudo são verdadeiros "combustíveis para a quebra da ordem".
A situação aconteceu na madrugada de domingo (05). A vítima estava sendo conduzida pelos militares e reagiu - na tentativa de escapar e evitar ser levado para a delegacia -, agredindo um dos PMs com socos. Amigos dele também interviram na ação que foi toda filmada por testemunhas.
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Por meio de nota publicada no perfil oficial da corporação, Mendes lamentou o acontecido e externou suas condolências aos familiares e amigos de Diego. Adiante, ele explicou que precisamos falar sobre a ação policial sim, mas também sobre a atuação de outros órgãos de fiscalização que detêm "poder de polícia" para evitar situações semelhantes.
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"Precisamos falar sobre a ação policial sim, mas para tal, um inquérito está em andamento. Mas precisamos falar também sobre a crise de autoridade que permite um jovem esmurrar um policial a fim de evitar ser conduzido", declarou em trecho de nota.
"Precisamos falar com relevo, neste caso, sobre a ausência de fiscalização e proibição de eventos regatos a álcool em locais públicos; verdadeiro combustível para a quebra da ordem. Poucos sabem, mas não é apenas a PM a deter o "poder de polícia" para evitar males como esse. Regulação; fiscalização; notificação e embargo, são palavras que antecedem o trabalho policial ali... e evitam tragédias", completou.
Mendes destaca que diante dos fatos complexos, não se pode dar uma resposta simples, que todos perdem com a perda de uma vida e que nenhum policial sai de casa com o propósito de matar.
"Perdemos todos com a perda de uma vida, nenhum policial sai de casa com esse propósito, embora consciente dessa possibilidade quando técnica. Nenhum jovem sai para se divertir para não retornar", emendou.
A Corregedoria da PM abriu um inquérito para apurar a conduta dos policiais filmados. Eles correm o risco até de ser exonerados se ficar comprovado irregularidades na ação. Além disso, a Polícia Civil também instaurou uma investigação sobre o caso.
"Respeitamos, contudo, a gravidade dos fatos com ações enérgicas de modo que situações trágicas como a ocorrida em Vera jamais se repitam em nosso Estado. Sobretudo que todos os nuances sejam esclarecidos em respeito à sociedade verense que tão bem acolheu o trabalho policial", finalizou Mendes.
Aham!! 06/02/2023
Em municípios as pessoas estão acostumados a fazer e acontecer, pois senão é do jeito deles vai correndo falar com vereador ou promotoria, se as pessoas soubesse a respeitar onde inicia o direito do próximo evitaria muito.
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