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Cuiabá, 23 de Junho de 2025
23 de Junho de 2025

23 de Junho de 2025, 16h:21 - A | A

POLÍCIA / ZOOFILIA É INVESTIGADA

Casal que adotava gatos para matar é indiciado por maus-tratos

Investigações apontaram que o casal adotava os animais de forma fraudulenta com o objetivo de matá-los.

DO REPÓRTERMT



A mulher trans Larissa Karolina Silva Moreira, nome social de Júnior Silva Moreira, e o namorado dela, William Angonese, foram indiciados pelos crimes de maus-tratos qualificado de animais domésticos com resultando morte. Eles são acusados de adotar e matar três gatos, na região do bairro Porto, em Cuiabá. O crime de zoofilia é investigado e aguarda laudo da Politec para ser confirmado ou descartado.

As investigações da Polícia Civil estão na fase final e são conduzidas pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema).

Larissa foi presa em flagrante no dia 13 deste mês pela equipe da Dema, após denúncia de que um gato adotado por ela havia sido morto e o corpo descartado em um terreno em uma rua aos fundos da sua casa. No mesmo dia, a suspeita passou por audiência de custódia, ocasião em que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, encontrando-se atualmente presa  na Unidade Prisional Regional Feminina Ana Maria do Couto May, na capital.

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Durante as investigações, a equipe da Dema realizou diversas diligências, entre elas, oitivas de 11 testemunhas, relatórios investigativos e levantamento de imagens, que comprovaram a atuação da investigada no crime. Uma das imagens coletadas, mostra o momento em que a investigada sai de sua casa com a sacola nas mãos em que levava um dos animais mortos.

As diligências resultaram no encontro dos corpos de três gatos mortos, todos encaminhados para perícia, além de levantamento de informações e prints, que forneceram indícios de que tanto a investigada quanto seu companheiro procuravam as ONGs, ora ele, ora ela, para adoções dos animais, que posteriormente eram vítimas de crime de maus-tratos.

“As investigações apontaram que o casal desenvolveu empreitada criminosa caracterizada pela obtenção fraudulenta de animais domésticos através de adoções simuladas junto a organizações não-governamentais de proteção animal, seguida de condutas violentas e deliberadas resultando na morte dolosa dos felinos mediante emprego de instrumento contundente”, explicou o delegado da Dema responsável pelas investigações Guilherme Pompeo Pimenta Negri.

Ainda segundo o delegado, com indiciamento dos suspeitos e a investigação entra na fase final, faltando apenas algumas perícias, que apontarão se o sangue encontrado na casa da investigada pertencia aos animais encontrados.
“Foi um trabalho meticuloso, que contou com apoio de diversas equipes da Dema, para realização de diligências, oitivas de testemunhas e coletas de imagens e informações que confirmaram a atuação do casal no crime, especialmente evidenciado com a filmagem da suspeita levando o corpo do gato, na sacola em que foi encontrado.

Relembre o caso

As investigações tiveram início no dia 08 de junho, depois da denúncia de que um casal estava descumprindo um ato verbal de formalidade de adoção de animais. 

O acordo era que os tutores deveriam informar sobre o estado do animal adotado, porém ambos não estavam dando notícias, razão pela qual a denunciante procurou a Polícia Civil para que fosse investigado o paradeiro dos animais entregues ao casal.

Então, uma equipe da Dema foi até a residência da suspeita, no bairro Porto, em Cuiabá. No local, foi constatado que o gato adotado havia sido morto, e o corpo descartado. Na casa dela, foi encontrado um filhote de cachorro e várias rações para gato, mas nenhum felino foi localizado. Um lençol com sangue também foi encontrado.

 

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