GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Roupas de grife, joias, dinheiro em espécie e três carros de luxo foram apreendidos durante a Operação Tempo Extra, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (10), para desarticular um esquema de tráfico e lavagem de dinheiro em Cuiabá. As equipes também cumpriram 10 mandados de busca e apreensão e bloquearam contas bancárias que somam cerca de R$ 1 milhão.
A ofensiva é conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Apenas um suspeito foi preso.
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De acordo com as investigações, Joseph Ibrahim Khargy Junior assumiu o comando das operações criminosas iniciadas por Paulo Witter Farias Paelo, o “WT”, preso na Operação Apito Final, em 2024.
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Joseph seria responsável por articular a distribuição de drogas, recrutar comparsas para movimentar o dinheiro e reestruturar as finanças da facção após os bloqueios judiciais. Ele também teria auxiliado na fuga de integrantes do grupo, fornecendo suporte logístico.
Ainda segundo a polícia, a organização continuou ativa, movimentando recursos ilícitos por meio de empresas de fachada e aquisição de bens de alto valor.
Além dele, foram alvos da operação Emerson Ferreira Lima, conhecido como Gordinho, Elvis Elismar de Arruda, Erison Oliveira Silveira, Tayrone Junior Fernandes de Souza, Andrews Nicolas Marques dos Santos e Paulo Henrique Prins Paelo, filho de Paulo Witer Faria Paelo, que está preso na Penitenciária Central do Estado.
Emerson Ferreira Lima não era alvo de mandado de prisão, mas foi preso em flagrante por quebrar um celular no momento em que viu os policiais em sua casa.
Esquema
A Operação Apito Final, deflagrada em abril de 2024, havia revelado um esquema de lavagem de dinheiro estimado em mais de R$ 65 milhões, envolvendo a compra e venda de veículos, imóveis e até patrocínio de um time de futebol controlado por WT. Na ocasião, 54 ordens judiciais foram cumpridas, incluindo o sequestro de 45 veículos e a indisponibilidade de 33 imóveis.
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A Operação Tempo Extra é considerada uma extensão direta da Apito Final, já que os alvos são os mesmos. O objetivo é impedir a reestruturação financeira da facção, enfraquecendo sua atuação no tráfico de drogas e na lavagem de capitais.
