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teve acesso à lista dos nomes dos alvos da Operação Tempo Extra, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (10), em Cuiabá. São eles: Joseph Ibrahim Khargy Junior, Emerson Ferreira Lima, Elvis Elismar de Arruda, Erison Oliveira Silveira, Tayrone Junior Fernandes de Souza, Andrews Nicolas Marques dos Santos e Paulo Henrique Prins Paelo.
Joseph Ibrahim Khargy Junior, alvo de mandado de prisão, é apontado como um dos articuladores da continuidade das operações criminosas e “herdeiro” do grupo criminoso comandado pelo faccionado Paulo Witer Farias Paello, vulgo “W.T.”. O “herdeiro” teria assumido a liderança da organização do grupo após a prisão de Paulo Witer.
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Além dele, foram alvos da operação Emerson Ferreira Lima, conhecido como Gordinho, Elvis Elismar de Arruda, Erison Oliveira Silveira, Tayrone Junior Fernandes de Souza, Andrews Nicolas Marques dos Santos e Paulo Henrique Prins Paelo, filho de Paulo Witer Faria Paelo, que está preso na Penitenciária Central do Estado.
Emerson Ferreira Lima não era alvo de mandado de prisão, mas foi preso em flagrante por quebrar um celular no momento em que viu os policiais em sua casa.
Leia mais - Operação prende "herdeiro" de líder de facção e bloqueia R$ 1 milhão
A operação deflagrada nesta quarta visa desarticular a atuação de uma facção criminosa em Mato Grosso, envolvida com movimentações milionárias relacionadas às atividades de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Os principais alvos da ação já foram investigados no âmbito da Operação Apito Final, deflagrada em abril de 2024, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro de mais de R$65 milhões.
Ao todo, foram cumpridas 15 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juízo das Garantias, sendo um mandado de prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão, três de sequestro de veículos e uma suspensão de atividade econômica, além de bloqueios de valores em contas bancárias, no valor de R$ 1 milhão.
Ligação com “W.T”
Paulo Henrique é filho de Paulo Witer, conhecido como "W.T", apontado como chefe da organização criminosa investigada. Ele foi preso em abril de 2024, na Operação Apito Final, que deu origem ao novo desdobramento.
Conforme a investigação, W.T utilizava familiares, amigos e até advogados como “laranjas” para ocultar bens adquiridos com dinheiro do crime, incluindo imóveis, veículos e empresas de locação de carros.
Operação Tempo Extra
Coordenada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), a operação é um novo ataque contra a facção investigada por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação é considerada uma extensão direta da Operação Apito Final, já que os alvos de ambas as operações são praticamente os mesmos, o que reforça a tese de continuidade das atividades criminosas por parte do grupo.
A nova ofensiva busca desarticular a organização criminosa, asfixiando financeiramente o grupo, impedindo que ele se reestruture e retome o controle de áreas estratégicas para o tráfico e a lavagem de capitais.
