Gazeta Digital
OAs 8 pessoas presas em flagrante esta semana pela Polícia Federal durante a operação "Jaguar" em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá) foram indiciadas e multadas em R$ 55 mil. Conforme o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Mato Grosso do Sul, outras multas e penalidades administrativas poderão ser impostas à quadrilha no desenrolar das investigações e de mais 3 prisões ainda não realizadas. Antônio Teodoro de Melo Neto, de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), conhecido por "Tonho da Onça", é considerado um dos maiores caçadores de onças do país e está foragido.
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Outras duas pessoas que ainda estão foragidas e com mandado de prisão expedidos são do Paraná.
Os presos que receberam as maiores multas são responsáveis pela organização dos safáris, incluindo o chefe da quadrilha, o professor universitário de Cascavel (PR), Eliseu Augusto Sicoli. A multa para ele foi de R$ 10 mil.
Segundo o chefe do escritório regional do Ibama de Corumbá (MS), Gilberto Alves, as multas foram aplicadas com base nos materiais encontrados em posse da quadrilha no ato do flagrante. E foram em dobro para os organizadores dos safáris por se tratar de matança de animais ameaçados de extinção, como é o caso da onça pintada.
De acordo com o superintendente do Ibama (MS), David Lourenço, além da proibição de caça desses animais estar contemplada na própria Lei de Crimes Ambientais, há a ameaça à biodiversidade dos biomas Pantanal e Amazônico em que se davam os safáris, por se tratar do abate de animais em risco de extinção.
Indiciamento - A Polícia Federal de Sinop indiciou os 8 presos no município pelos crimes de porte ilegal de armas, formação de quadrilha e caça ilegal. Juntas, as penas parra esses crimes variam de 3 a 7 anos de prisão e multa. O inquérito foi encaminhado para o juiz da Vara Criminal em Itaúba.
O inquérito realizado entre PF e Ibama deve ser encaminhado até sexta-feira (28) ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Mas, o prazo de 10 dias pode ser antecipado, considera o delegado da PF em Corumbá (MS), Mario Nomoto.
"No início da semana já devemos enviar o relatório ao Ministério Público, que deverá fazer a denúncia em até 5 dias".