MAJU SOUZA
DA REPORTAGEM
Os vereadores Toninho de Souza (PSD), Ricardo Saad (PSDB) e Vinicys Hugueney (PP) - que compõe a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá - estiveram no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), para protocolar uma notícia crime, na manhã desta quarta-feira (27).
A decisão ocorreu depois da grave denúncia feita por uma servidora, na tarde de terça-feira (26), durante as oitivas do processo de cassação do vereador Abílio Júnior (PSC). Segundo o site Gazeta Digital, a testemunha teria presenciado uma articulação de compra de votos entre os membros do Legislativo para cassar o mandato do parlamentar. De acordo com a Abílio, quem estava à frente dessa negociação para sua cassação era o vereador Juca do Guaraná Filho (Avante).
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Procurado, Juca não atendeu as ligações.
“O processo está em sigiloso para proteger as pessoas que estão testemunhando nas oitivas. O que foi dito não cabe a nós investigar, por isso, estamos procurando as autoridades competentes. Sem nos eximir das responsabilidades de trazer a verdade”, afirmou o presidente da comissão, Toninho de Souza.
A testemunha foi arrolada no processo pelo autor da denúncia, o ex-vereador Ozéas Machado (PSC). O teor dessa acusação não foi divulgado pelos parlamentares, que afirmaram que o processo corre em sigilo, mas devido à gravidade do que foi dito em depoimento, eles decidiram procurar as autoridades competentes para que investigue o caso.
“O processo está em sigilo para proteger as pessoas que estão testemunhando nas oitivas. O que foi dito não cabe a nós investigar, por isso, estamos procurando as autoridades competentes. Sem nos eximir das responsabilidades de trazer a verdade”, afirmou o presidente da comissão, Toninho de Souza.
Devido ao sigilo, não se sabe a extensão das acusações feitas pela testemunha, nem se o fato envolve o vereador Abílio Júnior. As oitivas têm trazidos diversos fatos sobre a Câmara Municipal e seus integrantes, inclusive suspeitas de ameaças de morte. (Veja)
Junto a denúncia, os parlamentares entregaram um DVD que contem as gravações, sem cortes.
Veja o momento do protocolo:
Cassação
Ozéas Machado entrou com uma denúncia na Câmara, em que ele alega que o colega tem "praticado de forma reiterada e conscientemente atos incompatíveis como decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador".
As oitivas vão até sexta-feira (29). Entre quarta-feira e sexta-feira, serão ouvidas dez testemunhas arroladas por Abílio e ele próprio.
Ao ser concluído a fase de depoimentos, Abílio Júnior tem o prazo de cinco dias para apresentar suas alegações finais.