DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
O vereador Rafael Ranalli (PL), que preside a CPI da CS Mobi na Câmara de Cuiabá, afirmou que o contrato firmado entre a Prefeitura da Capital e a empresa responsável pelo estacionamento rotativo é "nebuloso" e não traz nenhum benefício para a população cuiabana.
“As anomalias que eu estou falando é que é um contrato no mínimo nebuloso. Ele trata do estacionamento no Centro, porém foi criado na Secretaria de Agricultura e o último item é o estacionamento. Porém foi o primeiro a começar a ser cobrado”, comentou em entrevista à imprensa.
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“Depois é que começou a construção do mercado, que é o item número um. Então assim, é muito nebulosa a situação desse contrato. Na minha opinião, não traz benefícios”, acrescentou.
O contrato foi celebrado entre o Executivo municipal e a empresa em 2022. A concessão de 30 anos previa melhorias na infraestrutura do Centro Histórico, promovendo acessibilidade e inovação urbana.
Além disso, a empresa ficaria responsável pela reforma do Mercado Municipal Miguel Sutil. Entretanto, nenhum avanço previsto aconteceu de forma satisfatória.
Primeira oitiva
Na semana passada, a CPI ouviu o servidor municipal Clóvis de Oliveira. Oito meses após o contrato ter sido firmado, ele foi nomeado como fiscal de contrato.
Entretanto, em depoimento, ele afirmou que, na época, não foi comunicado sobre a nomeação. Clóvis disse que descobriu que havia sido nomeado fiscal do contrato durante uma conversa com um colega.
“Foi bem estranho. Eu faço parte do comitê de investimento do CuiabáPrev e tenho um colega da Secretaria de Planejamento que era fiscal suplente do contrato do estacionamento rotativo. Eu comentei com ele: ‘Esse contrato é muito complicado. O secretário de Planejamento não teve dó de você’”, contou no plenário da Câmara.
“Ai ele falou: ‘Como você está falando isso? Você é o fiscal do contrato, você é o titular’. E eu questionei: ‘Eu?’”.
Abilio ameaça romper contrato
Logo que assumiu a Prefeitura de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) afirmou que pretende romper o contrato com a empresa. Entretanto, até o momento, nenhuma medida definitiva foi tomada.
"Uma das propostas é a rescisão do contrato, mas é irreal. Eles querem R$ 135 milhões, e nós não vamos pagar isso nunca. Existem cláusulas que nos permitem encerrar o contrato sem arcar com essa indenização absurda. Então, vamos aguardar e tomar a melhor decisão", afirmou prefeito.