GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Políticos mato-grossenses participaram, nesta terça-feira (7), da Caminhada pela Anistia em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos condenados pelos atos de 8 de Janeiro de 2023. O evento foi realizado na Catedral Metropolitana de Brasília e reuniu parlamentares e apoiadores que pedem perdão judicial aos envolvidos no episódio que resultou na invasão das sedes dos Três Poderes.
Entre os participantes estavam o senador Wellington Fagundes (PL), a deputada federal Coronel Fernanda (PL), o deputado federal José Medeiros (PL), além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.
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Sorridente ao lado de Flávio, Wellington classificou o ato como um gesto de resistência.
“Um ato de coragem, fé e patriotismo diante da injustiça contra os presos do 8 de janeiro. ‘Tamo junto’, Flávio. Eleições sem o nosso presidente não são eleições democráticas”, afirmou o parlamentar.
A deputada Coronel Fernanda reforçou o discurso em defesa da anistia.
“Caminhamos em defesa da liberdade e da justiça. O povo brasileiro pede o que é justo: anistia já! Seguimos firmes, com fé e amor à nossa nação”, declarou.
Apoiadores levaram bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, além de faixas e cartazes com frases em português e inglês, como “Free Bolsonaro”, “Free Patriotas” e “Anistia Já”, em tentativa de repercussão internacional do movimento.
O líder do PL na Câmara, deputado Pastor Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ironizou a esquerda ao destacar o comparecimento de manifestantes em um dia útil.
“Sem pão com mortadela, horário comercial, em dia de semana e convocação feita em cima da hora”, publicou nas redes sociais.
Apesar da mobilização, o projeto de anistia perdeu força no Congresso. Embora a urgência tenha sido aprovada, a nomeação do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator desanimou os aliados de Bolsonaro, já que ele sinalizou transformar a proposta em um projeto de dosimetria das penas, e não de perdão total.
A tramitação do texto também foi afetada pelas tensões entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF), intensificadas após a aplicação da Lei Magnitsky contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, sanção que repercutiu no ambiente político em Brasília.
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