facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 09 de Maio de 2025
09 de Maio de 2025

24 de Outubro de 2017, 08h:25 - A | A

PODERES / EL PAÍS

Poder, sexo e esquema de grampos colocam MT em paranoia

Jornal espanhol abordou em sua edição na Internet o esquema de escutas ilegais de MT, que derrubou a cúpula da Segurança Pública

DA REDAÇÃO



O escândalo dos grampos, operados pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, em Mato Grosso, foi destaque do jornal espanhol El País, que na madrugada desta terça-feira (24), publicou extensa reportagem , assinada por Afonso Benites, que relata a ligação de membros que faziam parte da atual gestão do Governo do Estado. 

A publicação  relata a desconfiança entre  líderes do Executivo, por temer estar entre os alvos e aponta que "a narrativa em torno dos grampos clandestinos investigados nos últimos seis meses é típica de uma trama cinematográfica. Envolve dinheiro, poder e sexo". 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Nos últimos meses, Mato Grosso vive uma espécie de paranoia política. Basta um avião da Polícia Federal pousar em Cuiabá para dezenas de autoridades, jornalistas e blogueiros locais começarem a discutir quem será o próximo preso. Afundado em uma série de escândalos criminosos, o mais recente deles atinge em cheio a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) e trata de milhares de interceptações telefônicas clandestinas.

Ex-procurador conhecido por prender barões do crime, hoje Taques é alvo de investigações para saber se ele mesmo não seria autor de um esquema que grampeou a cúpula de poder do Mato Grosso. A preocupação no Estado é tamanha, que o vice-governador Carlos Fávaro (PP) temia ser um dos alvos do esquema batizado de “grampolândia”. Fávaro contratou um hacker para monitorar possíveis invasões aos computadores de seu gabinete. Meses depois, descobriu que esse profissional de contra-inteligência havia sido interceptado ilegalmente por policiais militares. Agora, suspeita-se que o próprio vice também tenha sido grampeado. Pelos cálculos de fontes do Judiciário, o esquema de escutas clandestinas coloca sob suspeita cerca de 70.000 interceptações telefônicas ocorridas entre janeiro de 2014 a setembro de 2017.

Quando foi informado, em 2015, pelo então secretário de Segurança, o promotor de Justiça Mauro Zaque, sobre a existência da “grampolândia”, o governador Taques decretou: meu Governo acabou”! A constatação foi feita durante um encontro com Zaque em outubro daquele ano. Munido de uma série de documentos, o secretário afirmou que adversários políticos do tucano, advogados e um jornalista eram gravados irregularmente.  “Avisei o governador sobre os grampos em duas oportunidades.

Em fevereiro e em outubro de 2015, quando apresentei as provas. Nessa segunda vez eu disse a ele: e agora ‘nhonhô’, você queria provas? Estão aí! O que você vai fazer? Nada foi feito e eu pedi exoneração do cargo”, explicou Zaque ao EL PAÍS. Apesar do alerta deste promotor, as apurações só começaram de fato neste ano, depois que a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil apresentou ao Tribunal de Justiça quatro notícias-crime que levantavam suspeitas sobre as irregularidades cometidas pelo governo estadual, pelo Ministério Público e pelo Judiciário.

 

Clique aqui  e leia na íntegra

Comente esta notícia

Teka Almeida 24/10/2017

A que ponto esse DESGOVERNO fez com Mato Grosso. Não bastou colar nossos finanças no buraco, agora coloca a reputação do povo mato-grossense na lama.

positivo
0
negativo
0

1 comentários