DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O Tribunal do Júri de Mato Grosso condenou na noite de terça-feira (08), o policial militar Ricker Maximiano de Moraes a 12 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado por tentativa de homicídio qualificado contra um adolescente, em Cuiabá. A condenação foi proferida pelo juiz Lawrence Pereira Midon.
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A tentativa de homicídio aconteceu em 2018, na Avenida General Melo, contra a vítima de 17 anos. O rapaz foi perseguido e baleado pelo militar ao passar pela rua com um grupo de amigos enquanto Ricker discutia com a namorada. O menor sobreviveu, mas ficou com sequelas.
Inicialmente o julgamento estava marcado para o dia 28 de maio deste ano, no entanto a data foi adiada pois Ricker decidiu trocar sua defesa por divergências de estratégia no andamento do caso. Desde então, a defesa patrocinada pelo advogado Rodrigo Pouso, deu entrada a diversos pedidos de adiamento do júri em função de laudos psicológicos apresentados alegando que o réu sofria de transtornos psiquiátricos como depressão, estresse e esquizofrenia paranoide.
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Além disso, o advogado do militar tentou o desaforamento do júri para comarca de Rosário Oeste, sob alegação de que a “comoção social” em torno do outro processo que o réu responde por ter assassinado a própria esposa, Gabrieli Daniel de Sousa, a tiros dentro da casa onde morava, poderia coprometer a parcialidade do júri.
No entanto, todos os pedidos foram negados.
Tribunal do Júri
Durante o julgamento, diversas testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas.
Na sentença, o juiz explicou que a pena considerou circunstâncias judiciais desfavoráveis, devido à agravante de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O magistrado também manteve a prisão preventiva, determinou o cumprimento em regime fechado, a suspensão dos direitos políticos do réu e fixou o pagamento de indenização mínima no valor de 10 salários mínimos à vítima.