CAMILLA ZENI
RAFAEL SOUSA
Candidato presidenciável do PSD para 2022 e presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco apontou que o Congresso Nacional pode impedir a realização de festas de carnaval no próximo ano. Ele defendeu que a decisão seja tomada com base em critérios científicos, e ponderou a necessidade de cautela diante de uma possibilidade de nova onda de casos da pandemia da covid-19 no país.
“Na iminência, a mínima que seja, de uma quarta onda de uma doença que não se sabe exatamente a gravidade e o tamanho, acho que toda precaução é bem-vinda, toda a cautela é bem-vinda. Acho que o debate, a discussão em relação a impossibilidade da realização do Carnaval é um debate plenamente possível e necessário nesse momento do Brasil”, colocou.
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A fala do senador foi feita neste sábado (27), em Cuiabá, onde participou de um encontro de lideranças ao lado do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), e outros políticos mato-grossenses.
Pacheco destacou que o Senado deve realizar um debate técnico, com autoridades de saúde e gestores municipais e estaduais, sobre a retomada das atividades carnavalescas em 2022.
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Nesse sentido, Pacheco defendeu que a discussão é importante, uma vez que as festividades, iniciadas com as celebrações de fim de ano, são importantes para a cultura brasileira. Por isso, são encaradas como um desafio para as autoridades.
O senador ainda ponderou que a população deveria ser mais reflexiva em relação ao tema e não ser egoísta, caso as autoridades decidam por não autorizarem as festividades.
“Se a decisão for de não ter [o carnaval], com base, obviamente, em critérios científicos, em uma base que seja fundamentada, acho que toda a sociedade brasileira precisa apoiar, porque nós temos que ter o foco de salvar vidas”, avaliou.
“Um país que perdeu mais de 600 mil brasileiros têm a obrigação de ter essa responsabilidade, essa reflexão, e não ter, nesse momento, um juízo de egoísmo em relação a necessidade ou não de se ter festas. Acho que é um debate que vai culminar numa decisão que seja inteligente em favor do país”, finalizou.
Até o momento, as autoridades brasileiras de Saúde não se posicionaram oficialmente favoráveis ou contrárias às festas e ao Carnaval. Em Mato Grosso, o governo estadual também não emitiu posição oficial.
Entretanto, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, já colocou à imprensa a preocupação com o período festivo, e ressaltou que o Estado ainda não vive o momento ideal para flexibilização das medidas de biossegurança, uma vez que ainda não superou 70% da população imunizada contra a covid-19.