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Cuiabá, 21 de Junho de 2025
21 de Junho de 2025

13 de Novembro de 2019, 16h:07 - A | A

PODERES / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Ex-comandante-geral da PM recorre ao Tribunal de Justiça para anular condenação de 8 anos

Defesa do coronel Zaqueu Barbosa considera a pena exacerbada, mesmo após a Justiça Militar reduzir dois terço da condenação por colaboração unilateral.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



A defesa do coronel da Polícia Militar Zaqueu Barbosa entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para tentar anular a condenação de 8 anos, proferida no processo que investigou o esquema de escutas clandestinas, conhecidas como ‘Grampolândia Pantaneira’, na Justiça Militar.

O Ministério Público, por meio do promotor Allan Sidney do Ó Souza, também recorreu da decisão e quer aumento da pena do coronel.

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Zaqueu foi condenado a pena de 8 anos pelos crimes de ação militar ilícita e falsidade de ideológica, na semana passada. Os coronéis Evandro Lesco, coronel Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista foram absolvidos das acusações.

O cabo Gerson Correa Júnior recebeu perdão judicial mesmo sem acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE). Veja como foi o julgamento.

A defesa de Zaqueu já havia adiantado que iria recorrer da condenação no momento em que ela foi proferida. O entendimento dos advogados do coronel é de que a pena foi exacerbada, mesmo sendo 2/3 dela reduzida pela colaboração unilateral do réu.

Zaqueu é apontado como um dos líderes do escritório de escutas clandestinas, montado em Cuiabá. O beneficiário do esquema, conforme os réus, era o ex-governador Pedro Taques, que usou a estrutura para interceptar personalidades e adversários políticos para obter vantagem nas eleições de 2014.

Coronel Zaqueu foi nomeado comandante-geral da Polícia Militar na gestão Taques (PSDB).

Escutas ilegais

As investigações que levaram à prisão de oficiais de alta patente da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso apontaram um grandioso esquema de escutas ilegais que teria interceptado mais de 800 conversas de políticos, advogados jornalistas e desafetos.

Conforme apurado, os telefones foram grampeados com autorização da Justiça por meio de uma técnica denominada “barriga de aluguel”, que é quando não investigados são inclusos em uma lista de pedidos de interceptação autorizada por magistrados.

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