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Cuiabá, 18 de Agosto de 2025
18 de Agosto de 2025

18 de Agosto de 2025, 20h:01 - A | A

PODERES / RESPOSTA A DINO

Embaixada diz que Moraes é tóxico para empresas e indivíduos que queiram fazer negócios com os EUA

Da TV Globo
Ricardo Abreu, Filipe Matoso



A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou nesta segunda-feira que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é tóxico para empresas e indivíduos que queiram fazer negócios com os EUA.

"Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados", afirmou o perfil da embaixada em uma rede social.

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A representação do governo norte-americano republicou um texto publicado pela conta do Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

 “Cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial com ele. Já cidadãos de outros países devem agir com cautela: quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções”, completou o texto.

EUA contra Moraes

Moraes se tornou alvo do governo Donald Trump num contexto em que é o relator do processo ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde no STF por crimes como tentativa de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito e criminosa.

Após uma articulação bolsonarista nos EUA, que levou à abertura de um inquérito no STF para investigar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Trump publicou uma carta endereçada a Jair Bolsonaro na qual disse que o processo contra ele deve acabar imediatamente.

Além disso, numa carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos no mercado americano, Trump disse que Bolsonaro é alvo de “caça às bruxas”.

Em entrevista ao jornal americano “The Washington Post”, Moraes disse que não vai recuar “nem um milímetro”.

"Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido", disse o ministro ao jornal.

Nesta segunda, sem citar a Lei Magnitsky, da qual Moraes se tornou alvo nos EUA, o ministro Flávio Dino, também do STF, proibiu restrições "decorrentes de atos unilaterais estrangeiros" por parte de empresas ou outros órgãos que operam no Brasil.

A determinação consta de uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) contra ações judiciais movidas por municípios brasileiros na Inglaterra.

O ministro, entretanto, estabeleceu que esse impedimento vale, também, para "leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares."

Brasil alvo de investigação

Em paralelo aos ataques públicos a Moraes, o Brasil responde a uma investigação comercial aberta pelos EUA.

O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil enviará nesta segunda-feira (18) ao governo de Donald Trump a resposta sobre a investigação comercial aberta pelos Estados Unidos. O documento será protocolado pela Embaixada brasileira em Washington.

Em 15 de julho, quando iniciou a investigação, o governo americano acusou o Brasil de cometer práticas "desleais", prejudicando a economia local.

 

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás somente da China.

Conforme o Itamaraty, uma força-tarefa formada por vários órgãos foi criada para elaborar a resposta do governo brasileiro.

Leia a íntegra do post:

"Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las.

Cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial com ele. Já cidadãos de outros países devem agir com cautela: quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções."

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