DO REPÓRTER MT
José Alves, preso nesta segunda-feira (18) acusado de matar a ex-namorada Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, de 24 anos, em Sorriso (420 de Cuiabá), no domingo (17), debochou e sorriu durante o momento da prisão. Segundo a delegada Laísa Crisóstomo de Paula Leal, ele foi irônico com a equipe e não demonstrou arrependimento pelo crime.
“O tempo todo muito sarcástico. Ele debochava, disse que tinha feito aquilo mesmo e que ia esperar o momento certo para se entregar porque, na cabeça dele, ia passar as 24h e ele não seria preso e nada iria acontecer. Não mostrou nenhum arrependimento”, afirmou a delegada em entrevista à imprensa local.
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Durante a abordagem, José ainda revelou à polícia onde estava escondida a arma de fogo. Os policiais foram até o distrito de Santiago, onde localizaram o objeto dentro de uma área cercada. Segundo ele, o revólver havia sido comprado há cerca de três meses em Cuiabá. Para a delegada, no entanto, há indícios de que o armamento tenha sido adquirido justamente para cometer o crime.
"Ele alega que estava sendo ameaçado e que comprou a arma há 3 meses de um homem em Cuiabá. Mas tudo leva a crer que ele já comprou o objeto para cometer o crime", disse a autoridade policial.
Após matar Jacyra, José contou que deixou o carro no distrito de Santiago, pegou carona até Piratininga, onde almoçou, e de lá pretendia fugir para Paranatinga, quando acabou localizado e preso. A delegada também confirmou que o relacionamento havia terminado em maio deste ano.
José é réu primário e, portanto, não possui antecedente criminal.
Feminícidio
Jacyra foi assassinada a tiros na tarde de domingo (17), em um pesqueiro da cidade. Conforme a Polícia Civil, ela tinha uma medida protetiva contra o ex-namorado.
Testemunhas relataram que José chegou acompanhado de outro homem e tentou convencer a ex-namorada a ir até o carro buscar um “presente”. Jacyra recusou e chegou a dizer a uma amiga que estava com medo dele, lembrando que tinha medida protetiva em vigor.
Em determinado momento, José foi até a jovem com uma caixa nas mãos, de onde retirou um revólver calibre .38 e efetuou os disparos. A vítima ainda tentou se proteger embaixo de uma mesa, mas foi atingida mortalmente.
Após o crime, familiares e amigos iniciaram uma campanha para arrecadar recursos para levar o corpo da vítima a Belém (PA), cidade natal dela, onde será sepultada.
