RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
A Comissão Parlamentar de Inquérito, denominada de CPI do Paletó, seguirá duas linhas de investigação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), refente à sua conduta como chefe do Executivo municipal.
“Busca e apreensão se deu na casa do prefeito, no escritório dele. Isso liga diretamente o prefeito à sua atualidade. Se houve obstrução de Justiça, se houve deturpação desse áudio, não se deu quando Emanuel era depurado estadual. Se deu agora”, argumenta Toninho.
Em entrevista ao programa Conexão Poder, o vereador Toninho de Souza (PSD), informou que o requerimento que será apresentado na terça-feira (14), na Câmara Municipal, tem como base a acusação do ex-governador Silval Barbosa, de que o vídeo em que o peemedebista aparece enchendo os bolsos do paletó era um flagrante de propina e também os indícios de obstrução à Justiça, devido à gravação de áudio, editada, que foi encontrada pela Polícia Federal, durante a Operação Malebolge.
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Os membros da CPI, que serão escolhidos na sessão da próxima terça-feira (14), segundo Toninho, vão avaliar o vídeo da suposta propina, que recebeu das mãos de Silvio Correa, ex-chefe de Gabinete de Silval, que teria ocorrido enquanto Emanuel era deputado, além dos indícios de obstrução à Justiça, que teria ocorrido já em seu primeiro ano como prefeito de Cuiabá. Nesse caso, a adulteração da gravação de uma conversa entre o ex-secretário de Estado, Alan Zanatta e Silvio Corera, teria o intuito de anular a delação do ex-chefe de Gabinete e inocentar Emanuel.
O vereador, que foi o último a assinar o pedido para criar a CPI, destaca que o prefeito teve tempo suficiente para esclarecer o recebimento do dinheiro dentro do Palácio Paiaguás e não fez. No entanto, dias após a denúncia, surgiu a gravação da conversa entre Alan Zanatta e Sílvio César dando detalhes sobre seu acordo de delação premiada, com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Busca e apreensão se deu na casa do prefeito, no escritório dele. Isso liga diretamente o prefeito à sua atualidade. Se houve obstrução de Justiça, se houve deturpação desse áudio, não se deu quando Emanuel era depurado estadual. Se deu agora”, argumenta Toninho.
O vereador argumentou, ainda, que a base aliada do prefeito, na Câmara, tentou instaurar mais uma CPI com o objetivo de realizar uma manobra e evitar que Emanuel fosse investigado pela oposição, no entanto, mudaram a tática e assinaram o pedido da oposição. A estratégia da base do prefeito agora seria reivindicar a relatoria da comissão e ‘salvar’ Emanuel.
“Ficariam duas CPI’s em Plenário para decidir, mas voltaram atrás nessa decisão, por uma questão de estratégia e sei exatamente qual foi o caminho. Eles decidiram assinar essa aqui”, disse Toninho de Souza.














