CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
Durante a sessão na Câmara de Cuiabá, na manhã desta terça-feira (14), o vereador Adevair Cabral (PSDB) defendeu que fosse derrubado o veto do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) e concedido o reajuste salarial aos parlamentares. Após votar contra o veto, ele disse ao , que não existe crise na Câmara que justifique o fato do aumento do reajuste não ter sido implementado.
“Não tem crise na Câmara. Cada um tem que arcar com suas consequências. Se o Governo do Estado não tem condições de pagar a RGA [Revisão Geral Anual], é problema dele, porque se a Câmara tem como pagar pelo aumento dos demais servidores, tem que aumentar dos vereadores também, porque somos servidores,” argumentou Adevair.
“Não tem crise na Câmara. Cada um tem que arcar com suas consequências. Se o Governo do Estado não tem condições de pagar a RGA [Revisão Geral Anual], é problema dele, porque se a Câmara tem como pagar pelo aumento dos demais servidores, tem que aumentar dos vereadores também, porque somos servidores,” argumentou Adevair. A Casa custa para o cidadão cuiabano, mais de R$ 44 milhões por ano.
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Além dele, apenas o vereador Ricardo Saad (PSDB) votou contra o veto do prefeito, que foi mantido com 17 votos a favor. Ambos apontam que o salário de vereador está defasado. Já que não têm reajuste há quatro anos e com o impedimento irão permanecer com o mesmo salário por mais quatro anos.
“Eu penso que a Câmara compreendeu que o momento é inadequado para reajustes, devido à crise da economia, estamos em outro momento e é preciso repensar sobre este reajuste”, disse o vereador Toninho de Souza.
Em contrapartida, o vereador Toninho de Souza (PSD), defendeu a manutenção do veto do prefeito.
O social-democrata diz que assim como ele a maioria dos vereadores exercem outras atividades profissionais paralelas ao Legislativo, portanto o salário do cargo eletivo não é a única fonte de renda. E neste momento de crise, considera inviável o reajuste.
“Eu penso que a Câmara compreendeu que o momento é inadequado para reajustes, devido à crise da economia, estamos em outro momento e é preciso repensar sobre este reajuste”, disse o vereador.
Assim como Adevair Cabral, o vereador Ricardo Saad também rebate este argumento, pois outras categorias foram contempladas com o aumento salarial.
“Tudo depende do momento político que se vive e não necessariamente por causa de crise [econômica], porque várias esferas tiveram aumento, o Judiciário, por exemplo, e ninguém se preocupou com a crise do país”, disparou o tucano.
Saad aponta que a Lei Orgânica Municipal precisa ser revisada para que os reajustes sejam redefinidos. Ao ele declarou que ficar oito anos sem reajuste não é correto.
“Eu acredito que o princípio é rever a Lei Orgânica para que seja feita a reposição salarial pelo menos a cada quatro anos para evitar que o salário fique tão defasado”, defendeu Saad.
O projeto previa o reajuste de 26%, o que passaria o salário hoje de R$ 15 mil para R$ 18,975 mil.
Assunto definido
Agora que foi votado pela manutenção do veto, o documento deve ser publicado no Diário Oficial do Município e somente em 2021 é que os parlamentares poderão ter o reajuste salarial.
Marcos 14/03/2017
Gastar o dinheiro alheio oriundo de impostos arrecadado com o suor do trabalhador honesto é muito fácil principalmente por essa corja de usurpadores do dinheiro público chamado de vereadores. Com esse pensamento esse nobre vereador deveria ser cassado pois explícita o pensamento ao meu ver de todos os outros vereadores.
Xo dito 14/03/2017
kd a turma do CPA que apoia o Vereador Adevair!! Palhaçada!!!
alexandre 14/03/2017
mas quem paga o aumento que é o povo está em crise...
JEFERSON MATOS 14/03/2017
Tinha que cassar o mandato de gente assim....
4 comentários