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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
19 de Maio de 2024

17 de Janeiro de 2023, 19h:00 - A | A

PODERES / "DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA"

Entrevista de Fávaro à Veja causa revolta e Aprosoja rebate; "Não é a conduta de um ministro"

Em entrevista publicada na semana passada, ministro atacou a Aprosoja e disse que entidade ficou associada aos atos antidemocráticos.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT



A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou nota em que repudia declaração do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro (PSD). No texto, a entidade classifica as declarações do senador à Revista Veja, como um ato de “denunciação caluniosa” que não condiz com a postura de um Ministro de Estado.

“Chegou a hora de o Ministro Carlos Fávaro parar de olhar no retrovisor e olhar para frente, tentar recuperar as atribuições que o ministério perdeu e realmente se preocupar com políticas agropecuárias que tragam benefícios para os produtores”, diz nota divulgada nesta terça-feira (17).

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Em entrevista para a Veja da última semana, o senador licenciado disse que a entidade, que ele mesmo já presidiu, se tornou um símbolo dos atos antidemocráticos.

“A Aprosoja foi um símbolo, inclusive de apoio aos atos antidemocráticos, o que é descabido e deve ser reprimido. Eu fui presidente da entidade em meu estado. É a maior entidade de produtores do Brasil. Mas não posso fechar os olhos. Membros da Aprosoja participaram, sim, de atos antidemocráticos. É realmente lamentável”, disse Fávaro na seção Páginas Amarelas da revista.

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Na nota divulgada, a Aprosoja-MT afirma que a entidade é apartidária, conforme estabelece o estatuto, e destaca que Fávaro não recebeu apoio dos produtores.

“Sobre as resistências dos produtores de Mato Grosso ao nome do Ministro, há de ressaltar que nem o setor e sequer seu município de origem apoiou massivamente sua candidatura ao Senado, sendo fundamental para o seu sucesso no pleito o poderio econômico que suportou sua campanha. Este descolamento do parlamentar da sua base se deve especialmente à forma como ele desembarca de suas parcerias políticas, foi assim na gestão Pedro Taques e se repetiu agora com a gestão estadual do governador Mauro Mendes”, diz trecho do texto divulgado.

A entidade ainda se declara como uma defensora de pautas como a “liberdade de expressão, defesa do direito de propriedade, liberdade econômica e respeito à Constituição Federal”. O texto rebate a declaração do senador mato-grossense ao dizer que “não há, nem nunca houve por parte de sua diretoria suporte ou incentivo à depredação de patrimônio público ou privado”.

O texto prossegue esclarecendo que o foco da entidade tem sido o desenvolvimento de pesquisas para o adequado manejo de pragas, redução do uso de insumos químicos e aumento de produtividade. Cita ainda, dentre outras iniciativas, o projeto Aproclima que construiu 67 estações meteorológicas no estado com o objetivo de “aperfeiçoar as previsões climáticas regionais, inclusive com resultados que já têm servido de apoio para a Defesa Civil do estado”.

A nota pontua que a entidade tem atuado fortemente em ações visando o futuro da agricultura sustentável e a sustentabilidade financeira dos produtores, o que, na visão da Aprosoja-MT, também depende das políticas públicas.

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