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Cuiabá, 27 de Julho de 2024
27 de Julho de 2024

15 de Maio de 2024, 10h:50 - A | A

PODERES / TRAGÉDIA INDÍGENA

Fernanda, Abílio, Assis, Gisela e Medeiros formam comissão da Câmara para investigar mortes dos yanomamis

A medida foi tomada devido aos casos recorrentes de mortes de Yanomamis, especialmente por desnutrição e por doenças levadas por garimpeiros que invadiram aquele território

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) determinou a criação de uma Comissão Externa com o objetivo de acompanhar as autoridades competentes na investigação e apuração da crise humanitária dos indígenas Yanomami. O grupo será coordenado pela deputada federal mato-grossense Coronel Fernanda (PL).

Outros quatro parlamentares do Estado integram a comissão: Gisela Simona (União), Abilio Brunini (PL), Coronel Assis (União) e José Medeiros (PL). O ato da presidência da Câmara que oficializa a criação do grupo foi publicado no Diário Oficial da Câmara dos Deputados nessa terça-feira (14).

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No dia 20 de janeiro do ano passado o Ministério da Saúde decretou situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no território indígena Yanomami, em Roraima e no Amazonas. O objetivo era coordenar medidas, decisões e recursos necessários para oferecer assistência médica àquela população.

A medida foi tomada devido aos casos recorrentes de mortes de Yanomamis, especialmente por desnutrição e por doenças levadas por garimpeiros que invadiram aquele território. Imagens de crianças idosos em situação crítica devido à falta de alimentos causaram comoção em todo o país.

Mesmo com todas as medidas, durante o ano de 2023 foram registradas 308 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Desses casos, 29 foram óbitos de crianças causados por desnutrição. Ativistas acusam o governo de não dar a assistência adequada para aquela população.

“A gente vê que há uma predominância de causas associadas à desassistência. São doenças do aparelho respiratório e doenças infecto-contagiosas que estão levando os yanomami à morte. E são doenças que poderiam ser evitadas", disse Estevão Senra, pesquisador do Instituto Socioambiental que atua há mais de dez anos no território Yanomami, em entrevista para a BBC Brasil em fevereiro.

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