VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou prender a empresária Jorgeleia Schmoeler, moradora de Juara (a 655 km de Cuiabá). Ela foi condenada a 14 anos de prisão, além do pagamento de multa, por ter participado dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O mandado de intimação foi cumprido no dia 3 de setembro.
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Durante uma invasão à sede dos Três Poderes, na capital federal, poucos dias após a posse do presidente Lula da Silva (PT), Jorgeleia fez um vídeo ao lado de uma amiga, dizendo frases como “O Brasil é nosso, não é dos petralha. Tá tudo invadido. Tá invadido. Tá tudo invadido” e “Gente, eu e a Jacque tá fazendo parte dessa história. Tamo ajudando a invadir os Três Poderes. Tá cheio. Bomba, tiro. Lá embaixo. Mas o Brasil é nosso”.
O vídeo foi publicado nas redes sociais.
Além disso, investigações encontraram mensagens no celular da empresária com o seguinte teor: “Pode falar para o papai, para ele ficar tranquilo que o ladrão não sobe a rampa, não sobe mesmo. Igual nós canta aqui, se for preciso a gente acampa, mas o ladrão não sobe a rampa. Não vai não, amiga. Pode falar para o seu pai que a sua cliente fornecedora está aqui em Brasília. Aqui em Brasília já tem 36 dias e um monte de gente e não ai subir, ele não assume”.
Jorgeleia foi condenada por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada. Além da prisão, ela deverá pagar cerca de R$100 mil de multa e uma indenização de R$30 milhões a ser paga de forma solidária entre os demais condenados.
O cumprimento da pena de prisão é inicialmente fechado.