CELLY SILVA
DA REPORTAGEM
Em declaração à imprensa, na tarde desta quarta-feira (8), o advogado Rodrigo Mudrovitsch, que faz a defesa do delator da Operação Rêmora, o empreiteiro Giovani Guizardi, afirmou que há novas investigações sobre o esquema de fraudes em licitações de obras da Secretaria de Educação do Estado (Seduc).
“Ele apenas reiterou e ratificou o que havia dito no passado. Essas novas investigações decorrem exatamente do que ele trouxe em seu compromisso de colaboração com as autoridades. Não há novidades da parte dele”, disse o advogado.
“Ele apenas reiterou e ratificou o que havia dito no passado. Essas novas investigações decorrem exatamente do que ele trouxe em seu compromisso de colaboração com as autoridades. Não há novidades da parte dele”, disse o advogado após Guizardi ter prestado depoimento aos promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
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Conforme o adiantou, uma terceira fase da investigação deve ser deflagrada para se chegar ao líder do grupo, com base na rodada de depoimentos que estão sendo colhidos pelos promotores, desde a semana passada, e que se encerrou com a oitiva de Guizardi, nesta quarta-feira.
Como o último desdobramento das investigações resultou na Operação Grão Vizir, que levou para a cadeia e tornou réu o empresário Alan Malouf, por ser uma espécie de conselheiro do “sultão”, ou seja, do chefe da organização criminosa, conforme apontou o MPE, a expectativa é que uma nova fase tenha como alvo o líder máximo do grupo criminoso que fraudava licitaçãoes da Seduc.
Questionado se houve perguntas sobre pessoas com prerrogativa de foro privilegiado, como deputados, o advogado negou. "Hoje o depoimento foi prestado junto aos promotores do Gaeco”.
Mudrovitsch também negou que perguntas tenham sido feitas para contrapor o que foi dito por Alan Malouf, que seria o parceiro de Guizardi no esquema da Seduc.
"O meu cliente tem o compromisso de dizer a verdade e vem cumprindo com esse compromisso. Já houve reconhecimento por parte das autoridades com relação à validade do que ele disse"
“O depoimento de hoje não diz respeito ao Alan Malouf. A questão do depoimento dele [Alan Malouf], o que ele diz é uma questão que diz respeito ao direito de defesa dele. Eu não vou questionar isso. O meu cliente tem o compromisso de dizer a verdade e vem cumprindo com esse compromisso. Já houve reconhecimento por parte das autoridades com relação à validade do que ele disse e que acho que não nos compete agora entrar em polêmicas com o que os demais investigados falam, compete à Justiça investigar e apurar os fatos”, afirmou o advogado.
RepórterMT
Alan Malouf é considerado o 'conselheiro' do 'sultão'
Delação
No final de 2016, quando firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE), Guizardi afirmou que empresário Alan Malouf, dono do Buffet Leila Malouf, que é quem o teria introduzido no esquema a fim de garantir o retorno do dinheiro que ele diz que empenhou em caixa dois da campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014.
Outros políticos também foram delatados por Guizardi, como o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), apontado como o real detentor do poder político da Seduc; o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), responsável pela indicação do ex-secretário Permínio Pinto (PSDB) para a chefia da pasta e, por isso, teria recebido R$ 20 mil; além do próprio Permínio.
Segundo a delação do empresário, Maluf, Permínio e Alan seriam os destinatários de 25% cada do total de propina que era arrecadada junto aos empreiteiros alvos de extorsão.
Giovani Guizardi também apontou os réus Fábio Frigeri e Wander Luís dos Reis como membros da organização criminosa e destinatários de 5% da propina cada, por conta de viabilizarem o esquema dentro da Seduc.
Graças aos apontamentos da delação de Guizardi, que é dono da Dínamo Construtora e da Guizardi Júnior Construtora, o Gaeco deflagrou a segunda fase da Operação Rêmora, denominada Grão Vizir, que tornou Alan Malouf réu na ação penal que tramita na 7ª Vara Criminal.
Confira o que disse o advogado Rodrigo Mudrovitsch:
Luciano 08/02/2017
Pode falar verdade ou mentira a juíza não vai contra Pedro Taques... Alan Maluf já disse que se ficasse preso abriria a boca pronto tá livre leve e solto e com dinheiro no bolso rindo de nos palhaços.. .. não sei o porquê juiz e desembargador treme com Pedro Taques será que são empréstimos ainda de João Archanjo
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