DO REPÓRTERMT
Uma reportagem da revista Veja mostra que o ministro de Agricultura e senador licenciado, Carlos Fávaro (PSD), teria agido diretamente para nomear à direção da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato, atualmente preso pela Polícia Federal suspeito de fraudar documentos para beneficiar empresas mineradoras.
À época, Fávaro se licenciou do ministério e retornou ao Senado para votar no nome de Flávio Dino para uma vaga no STF. Porém, Fávaro tinha uma outra missão, que era garantir que Caio fosse o novo diretor da ANM.
Após ter dado tudo como planejado, Caio, já como diretor, autorizou, em tempo recorde (17 dias), a mineradora G3 a explorar uma área em Mato Grosso. A mineradora em questão tinha entre os sócios na época um irmão e duas filhas de Fávaro, que tinham 45% de participação na empreitada.
A área fica na zona rural do município de Nova Lacerda, tem 313 hectares e é rodeada por indígenas.
Na última semana, Caio e mais 22 pessoas foram presas na Operação Rejeito, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a agência a ANM. Ele é suspeito de receber R$ 3 milhões em propina para facilitar a tramitação de processos.