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Cuiabá, 18 de Junho de 2025
18 de Junho de 2025

18 de Junho de 2025, 14h:40 - A | A

OPINIÃO / ELI DO NASCIMENTO

Síndrome gripal em idosos: a importância de buscar avaliação médica em tempo oportuno

ELI AMBRÓSIO DO NASCIMENTO



Durante os meses mais frios do ano, aumentam os casos de síndrome gripal, especialmente em idosos, grupo que apresenta maior vulnerabilidade a complicações respiratórias. Nessa faixa etária, sintomas gripais podem evoluir de forma rápida e silenciosa, aumentando o risco de pneumonia e de descompensação de doenças crônicas, como o enfisema pulmonar e a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica).

A DPOC é um termo que engloba doenças pulmonares crónicas, como a bronquite crónica e o enfisema pulmonar. Essas doenças comprometem a passagem de ar pelos pulmões, levando a falta de ar, tosse crônica e maior risco de infecções respiratórias. O enfisema pulmonar, especificamente, ocorre quando há destruição dos alvéolos pulmonares, diminuindo a capacidade de troca de oxigênio no organismo.

A gripe, causada pelo vírus influenza, costuma se manifestar com febre, dor de cabeça, dores musculares e tosse. Em pessoas mais frágeis, no entanto, esses sintomas podem ser mais brandos ou até atípicos, mascarando a gravidade do quadro. A resposta imunológica do idoso tende a ser menos eficiente, o que favorece o surgimento de complicações.

Um dos principais riscos é a pneumonia, que pode surgir como uma infecção secundária após a gripe. Outro ponto de atenção é a descompensação de condições como a DPOC e o enfisema pulmonar. Nessas doenças, a função pulmonar já está comprometida, e uma infecção respiratória pode agravar rapidamente o quadro clínico.

Por isso, é essencial que os idosos busquem avaliação médica logo nos primeiros sinais de síndrome gripal. A orientação de um profissional de saúde permite identificar precocemente possíveis complicações, instituir o tratamento adequado e, quando necessário, encaminhar para exames complementares ou internação hospitalar.

A vacinação contra a gripe e a pneumonia também deve ser prioridade. As vacinas são fundamentais para reduzir a gravidade dos quadros e proteger a saúde do idoso. Também é importante ampliar o cartão de vacina para aquelas que não estão contempladas pelo Governo Federal, como pneumococo e vírus sincicial respiratório.

Ao menor sinal de febre, tosse ou dificuldade para respirar, procure um médico de família ou um serviço de saúde. O cuidado oportuno pode fazer toda a diferença para evitar complicações mais sérias e preservar a qualidade de vida dos nossos idosos.

Dr. Eli Ambrósio do Nascimento (CRM/MT 5112 | RQE 2796) é médico de família e comunidade com foco na saúde do idoso e integra o quadro clínico do Centro Médico TGA, em Tangará da Serra (MT)

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