JOÃO EDISOM
O brasileiro anda estressado e este comportamento está visível nas ruas, nos departamentos, no comércio e até nas pessoas em férias.
E esta irritação tem feito muitas vítimas no trânsito e até mesmo na violência explícita do convívio doméstico. E por que?
Motivos não faltam. Está chegando mais um final de ano e os desmandos são cada dia mais evidentes.
A falta de vergonha, o descaramento, o desrespeito ao bom cidadão, a falta de compostura das autoridades somados ao abuso total dos bens públicos são suficientes para enlouquecer qualquer um.
Este país está preparado para bandidos e gestado em boa parte pelos próprios.
Quem não faz parte deste enquadrilhamento por retidão moral ou até por falta de oportunidade não suporta mais viver nesta esbórnia dantesca chamada Brasil. O numero de brasileiros que estão indo viver fora do país é assustador.
Vejamos os fatos: nos cargos eletivos estão nossos maiores salários com o menor custo beneficio possível, quando não fontes de desperdícios e de corrupção.
Falta de leis novas para punir a criminalidade em todas as instâncias. Código penal pedindo reformulação, sistema carcerário falido e bandidos soltos a revelia apesar da periculosidade, agora estão até sendo indenizados por maus tratos na cadeia. E a vítima, coitada, vai trabalhar para pagar impostos.
O Judiciário está desmoralizado por uns poucos mas significativos rábulas de poder e filhotes de deuses que afrontam o cidadão usando de prerrogativas inescrupulosas.
Um manda prender porque não foi atendido em uma companhia aérea, outro porque foi parado em uma blitz, outro vende sentenças e por ai vai.
Uma presidente da República enfraquecida e acuada que sequer tomou posse de seu segundo mandato mas já legalizou o desmando e a roubalheira nacional.
Uma militância ignorante que afronta a inteligência humana acompanhada por uma oposição mentirosa, descomprometida e enterrada até o pescoço nas coisas não republicanas deste país.
Em função destes e de tantos outros aqui não citados o povo deste país chega ao final de 2014 a beira de um ataque de nervos.
No país onde não tem saúde, falta educação e a segurança é perto de zero agora falta até agua. Por esta e tantas outras o estresse do pagador de impostos atingiu tal limite.
2015 está aí. Como vamos entrar nele? Matando os menos culpados como tem sido no dia a dia? ou exercendo nosso direto de cidadania?
Chega de brigar com quem não tem culpa, é hora de revermos conceitos e de estabelecer novos paradigmas de participação social.
Que venha o próximo ano, mas que a gente encontre um jeito de tirar as “raposas do galinheiro”. Do nosso galinheiro, inclusive.
Descontar no próximo as desgraças desta terra não é a solução.
Carlos Renan 20/12/2014
Parabens professor, isso é ser digno da atividade que exerce
1 comentários