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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

29 de Setembro de 2016, 14h:28 - A | A

JUDICIÁRIO / OPERAÇÃO SEVEN

'Nunca recebi um centavo', diz ex-adjunto da SAD sobre compra irregular de área

Coronel José de Jesus Nunes Cordeiro afirma que não houve sobrepreço na compra do terreno do médico Filinto Correa da Costa, que também depõe nesta quinta.

CELLY SILVA
DA REPORTAGEM



O ex-secretário-adjunto de Administração na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), José de Jesus Nunes Cordeiro e o médico Filinto Correa da Costa prestam depoimento, na tarde desta quinta-feira (29), à juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, sobre como procedeu a compra do imóvel de 721 hectares comprada ao valor de R$ 7 milhões em duplicidade, uma vez que, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), já pertencia ao Parque Estadual Águas do Cuiabá desde 2002, ano de sua criação.

O primeiro a prestar depoimento é o coronel da reserva da Polícia Militar e ex-secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Administração (SAD), José Cordeiro, que nega ter pertencido a qualquer organização criminosa. “Tanto é que eu nunca recebi nenhum centavo”, assevera.

cordeiro diz que seu papel na aquisição foi apenas fazer um parecer sobre a avaliação do terreno adquirido para a ampliação do parque estadual, atendendo a um pedido do então secretário-adjunto de Meio Ambiente, Wilson Gamboji Taques.

“Quem me procurou na SAD foi o secretário-adjunto da Sema, Wilson Taques, com um processo dizendo que precisava de uma manifestação da SAD”.  Cordeiro conta que explicou que não havia necessidade da avaliação da SAD para aquela transação na fase declaratória, somente na fase executória.

No entanto, com a insistência de Wilson, Cordeiro afirma que acabou fazendo um parecer sobre a avaliação. “Era um parecer dispensável naquela fase (...) Fiz porque ele disse que era importante para a Sema”, disse. Ainda segundo Cordeiro, a SAD não tinha condições de fazer a avaliação porque não dispunha de engenheiro em seu quadro efetivo. Por conta disso, encaminhou a avaliação para ser realizada pela Secretaria de Estado de Cidades (Secid).

Questionado pela juíza Selma sobre o envolvimento dos demais acusados no processo, ele nega ter conhecimento sobre o que cada um fez para contribuir na desapropriação. Ele relata apenas o contato que teve com Wilson Taques, mas diz que não sabia se havia algum interesse particular dele naquela aquisição e nega que tenha recebido qualquer tipo de proposta de recebimento de vantagem indevida, ou seja, de propina. 

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