LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, teria encontrado indícios de desvio de verba pública na Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), na análise preliminar que está sendo feita nos documentos que foram apreendidos durante a realização da “Operação Arqueiro”.
De acordo com uma fonte do RepórterMT, ligada ao Gaeco, ainda não é possível precisar os valores que, supostamente, foram desviados dos cofres públicos, mas a quantia seria significativa. “Seria muita irresponsabilidade nesse momento falar sobre valores, mas o que já se pode dizer é que há sérios indícios da existência dos desvios”, afirmou.
Conforme a fonte, o Gaeco não deverá realizar nenhuma nova coleta de depoimento nos próximos dias. O objetivo é primeiro analisar todos os documentos apreendidos, que ao todo, ocupam uma sala inteira no Ministério Público, para só então, com base nas novas informações, confrontar as pessoas que forem convocadas para depor.
A análise dos documentos também trouxe novos nomes para a investigação. “Não vamos divulgar agora esses nomes até para não atrapalhar as investigações e também para não cometermos injustiças”, disse a fonte, assegurando que outras pessoas deverão ser ouvidas na fase das oitivas.
OITIVAS
Em maio deste ano, o depoimento do então secretário da Setas, Jean Estavan Campos Oliveira, foi suspenso por determinação da desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Nilza Possas de Carvalho. O motivo foi a falta de acesso da defesa aos documentos que serviram como base para a investigação.
Desde a suspensão da oitiva, o Gaeco não colheu mais nenhum depoimento e centrou as atenções na análise dos documentos.
Antes da suspensão, a previsão, não oficial, é que 24 pessoas foram ouvidas no Ministério Público.
OPERAÇÃO
No dia 29 de abril deste ano, o MPE desencadeou a operação “Arqueiro” em Cuiabá na Setas para apurar a existência de suposta fraude em licitação e convênios envolvendo servidores da secretaria e o institutos sem fins lucrativos (Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH), Microlins e Concluir).
Esses institutos firmaram contratos milionários com o Estado para capacitação profissional.
Todo o processo de investigação, antes da realização da operação, teve início após erros grotescos que foram encontrados em uma apostila direcionada para capacitação de profissionais para a Copa do Mundo. O erro foi encontrado no município de Santo Antônio do Leverger (27 km de Cuiabá).
edmilson sarruf julkovski 30/12/2014
sera que não existe nenhuma lei, que impeça esses nossos juízes, de impedir investigações dos ditos poderosos deste estado, toda reportagem a gente vê: juiz soltou, juiz determinou, juiz liberou....já esta cansativo obedecer esta corja.
Paulo Jorge 02/07/2014
Será que cadeia é somente para pobres?Apuradas as irregularidades encontradas,os envolvidos nessa bandalheira,terão que cumprir pena de 10 anos na cadeia, além de devolverem tudo que foi desviado com juros e correção monetária.
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