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Cuiabá, 30 de Setembro de 2025
30 de Setembro de 2025

19 de Junho de 2014, 22h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / MORTE NO FÓRUM

Ex-marido acusado de matar juíza pode obter Habeas Corpus no mês de julho

O acusado só não foi julgado porque a defesa pediu um desaforamento na Justiça, exigindo que o julgamento do réu ocorra em Alto Araguaia.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Mais de um ano depois do assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos, o acusado de cometer o crime, o ex-marido da vítima, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, de 43 anos, continua preso, mas ainda não foi julgado pelo júri popular. Na manhã do dia 7 de junho de 2013, a magistrada foi morta com três tiros dentro do fórum do município de Alto Taquari (500 km de Cuiabá), durante uma discussão com o ex-marido.

Segundo informações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o acusado só não foi julgado porque a defesa pediu um desaforamento, exigindo que o julgamento do réu não ocorra na cidade de Alto Araguaia, devido ao clamor púbico que provocou o caso. No entanto, antes de julgar a manobra, a Turma de Câmaras Criminais reunidas do TJ, precisa deferir ou não, um pedido de habeas corpus, feito pelo advogado de Evanderly.

O pedido só deve ser julgado no início de julho, já que os magistrados da Câmara Criminal se reúnem apenas uma vez por mês. Neste mês de junho, eles já se reuniram, porém o processo do enfermeiro não estava na pauta.

A ‘Câmara Reunida’ já havia negado o pedido de desaforamento da defesa. Porém, o deferimento foi suspenso pelo ministro Rogério Schietti Cruz, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o réu alegou que trocou de advogado. Na época, a defesa queria que o julgamento fosse transferido para o município de Rondonópolis (220 km da capital).

O CRIME

Evanderly de Oliveira Lima era ex-marido da juíza Glauciane Chaves de Melo, juíza em Alto Taquari na época do assassinato. De acordo com o relatado, em 7 de junho de 2013, ele invadiu a sala de audiência do fórum para conversar com a magistrada. Ao tentar reatar a relação, eles discutiram, momento em que o acusado sacou a arma que portava e atirou três vezes contra Glauciane.  

Ele é acusado de praticar crime de homicídio triplamente qualificado sendo os agravantes motivo torpe (impossibilidade da defesa da vítima), perigo comum (acertar alguém da comunidade) e porte ilegal de arma.

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