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Cuiabá, 03 de Setembro de 2025
03 de Setembro de 2025

03 de Dezembro de 2021, 16h:55 - A | A

GERAL / CASO MARIA VITÓRIA

Tios viram réus por tortura, estupro e morte de menina de dois anos

Caso foi descoberto quando criança deu entrada em estado grave no Pronto Socorro

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



Francisco Lopes da Silva e a esposa, Aneuza Pinto Ponoceno, se tornaram réus por tortura, estupro de vulnerável e homicídio quintuplamente qualificado, em razão da morte da bebê Maria Vitória Lopes dos Santos, de 2 anos.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Estadual no dia 22 de novembro, e recebida pela juíza Kátia Rodrigues Oliveira, da Comarca de Poconé (105 km de Cuiabá), no mesmo dia.

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Na Justiça, o casal passou a responder por tortura com resultaddo em lesões corporais graves, estupro de vulnerável em continuidade delitiva de, no mínimo, 16 vezes, e homicídio com cinco qualificadoras. São elas: Motivo torpe; emprego de meio cruel; mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima; e feminicídio.

Por envolver menor de idade, o processo está em segredo de Justiça.

O caso

A série de abusos cometidos contra a menina de 2 anos foi descoberta no mês de novembro, quando a menina precisou ser internada no Pronto-Socorro de Várzea Grande em razão do estado grave em que se encontrava. À época, a suspeita de estupro e maus-tratos levou o delegado Maurício Maciel Pereira Junior, da Delegacia de Poconé, a apurar o caso.

De acordo com a Polícia Civil, a prisão do casal, que é tio da criança, ocorreu em 4 de novembro, assim que a menina deu entrada no hospital com ferimentos graves.

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Na época, a mulher relatou que encontrou a menina caída ao lado da cama, já desacordada. No entanto, laudo médico apontava que as fraturas não eram compatíveis com a situação narrada. A bebê morreu no Pronto-Socorro quatro dias depois.

Conforme a Polícia Civil, a menina estava morando com os tios havia cinco meses. Eles receberam a guarda provisória depois que foi descoberto histórico de maus-tratos praticados pelos pais biológicos. Contudo, a situação de abuso não parou com a mudança de casa.

Em depoimento ao delegado, a tia contou que a menina era constantemente estuprada por Francisco, e que era obrigada a desfilar nua e rebolar para “satisfazer" o tio.

A mulher também contou que, cerca de dois meses antes da morte da bebê, percebeu que o ânus da criança estava bastante machucado e alargado. Ainda, que constantemente era encontrado sangue na fralda.

O casal segue preso.

Confira todas as matérias sobre o caso da Maria Vitória aqui.

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