RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O representante do Grupo Central da Moda, Julio Cesar Pereira, divulgou vídeo no qual afirma que a juíza Olinda de Quadros Altomare Castrillon, da Décima Primeira Vara Cível de Cuiabá, foi induzida ao erro ao autorizar o cumprimento de Mandado de Penhora e Remoção na loja, a pedido da empresa Zuah Têxtil Ltda-ME.
Na gravação enviada ao 
, Julio conta que o pedido de penhora foi feito com CNPJ de uma empresa com sede no CPA, porém, com a razão social da Central da Moda, o que teria confundido a magistrada ao determinar o cumprimento do mandado no qual a Zuah Têxtil pediu penhora para quitar uma dívida de R$ 460 mil.
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Ele pegou o CNPJ de uma empresa com sede no CPA, pegou a razão social da Central da Moda com sede na Avenida São Sebastião, montou a petição, distribuiu e a juíza determinou que fosse cumprido”, relatou.
“O advogado da outra parte conseguiu fazer um feito inédito induzindo a magistrada da 11ª Vara ao erro. Ele pegou o CNPJ de uma empresa com sede no CPA, pegou a razão social da Central da Moda com sede na Avenida São Sebastião, montou a petição, distribuiu e a juíza determinou que fosse cumprido”, relatou.
Julio relembra que ao chegar à loja foi pego de surpresa por oficiais de justiça, que segundo ele, estavam despreparados.
“Conversamos com eles, mostramos, explicamos que estamos dentro de uma recuperação judicial e que o endereço da empresa não era na Central da Moda, mas não obtivemos sucesso, pois vieram usando a fé pública da situação e colocaram encima dela uma autoridade determinando como seria cumprido o mandado dentro da empresa [Central da Moda]”, relata.
“O oficial tem um prazo para relacionar os produtos, identificar e a gente tem que assinar como parte, que na verdade não éramos nós, e sim a empresa do CPA. Enfim, [os oficiais] levaram toda a mercadoria, tenho imagens deles jogando os nossos produtos dentro do caminhão, arrastando [...]”, detalha.
Ele conta que na loja havia araras com 427 peças, mas o relatório dos oficiais apontava somente 33, o que teria causado um prejuízo de aproximadamente R$1 milhão.
“Isso tenho como provar, eu não tenho medo de expor minha cara e expor a verdade, porque a verdade só se fala uma vez. Eu não quero dinheiro, quero Justiça, afinal de contas quem conhece nosso trabalho, quem conhece a Central da Moda sabe do que estou falando”, argumenta.
O representante da empresa conta ainda que a ação dentro da loja resultou na detenção injusta da empresária Cleidiane Rodrigues de Miranda.
Nós estamos há 30 dias parados, sofrendo. O que fizeram com a gente, torno a repetir, eu não quero dinheiro quero Justiça”, finaliza
“Nossa fornecedora, que a execução era do CNPJ dela, compareceu até a loja buscou diálogo, buscou esclarecer, inclusive consta em uma entrevista explicando que nós não tínhamos nada a ver com esse problema. Quando compareceu na delegacia para prestar seu depoimento, por surpresa de todos, ela ficou detida acusada de furtar um celular”, conta.
“Nós estamos há 30 dias parados, sofrendo. O que fizeram com a gente, torno a repetir, eu não quero dinheiro quero Justiça”, finaliza.
Devolução de mercadorias
Na última semana, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara de Falência e Recuperação Judicial deu prazo de 24 horas para que o representante da Zuah Têxtil e os oficiais de Justiça que cumpriram o mandado de penhora e remoção informe a localização dos bens apreendidos na loja.
A decisão ocorreu após o Tribunal de Justiça atribuir a competência de determinar a penhora ao juízo da Primeira Vara Especializada de Falência e Recuperação Judicial.
A Central da Moda ingressou com pedido de recuperação judicial alegando dívidas acima de R$ 1 milhão.
Veja o vídeo do representante da Central da Moda explicando os fatos:
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