Bebê índia enterrada viva pela mãe tem convulsões e paralisia dos rins

RepórterMT/Reprodução.

A recém-nascida está internada na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, desde o dia 06.

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO

A recém-nascida indígena resgatada após passar cerca de quatro horas enterrada apresentou piora em seu quadro clínico e continua internada em estado grave na Unidade Terapia Intensiva (UTI), Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.

De acordo com o último boletim médico divulgado pela Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, na madrugada desta segunda-feira (11), a recém-nascida respira com ajuda de aparelhos, faz hemodiálise e apresenta quadro convulsivo.

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A bebê foi transferida para a Santa Casa na noite de quarta-feira (6) onde foi diagnosticada com insuficiência renal e por isso começa a fazer tratamento de diálise, já que os rins não estão funcionando. Ela está sendo tratada com uso de medicamentos vasoativos.

Ela permanece sob sedação, continua respirando por aparelhos e segue em tratamento de sepse, distúrbios de coagulação e convulsão.

A recém-nascida indígena foi resgatada na noite de terça-feira (5) por policiais militares de Nova Canarana (834 km de Cuiabá) após ter sido enterrada viva pela bisavó, logo após o parto. Ela apresentava insuficiência respiratória e traumatismo craniano.

A menina foi levada para o Hospital Regional de Água Boa e depois transferida para a Capital.

O caso

Policiais receberam uma denúncia anônima de uma outra índia, que avisou as autoridades de que havia um bebê enterrado vivo.

A denunciante disse que uma indígena havia feito o parto de uma criança às 12h e enterrado o filho às 16h, em um terreno ao lado da casa.

Os policiais foram até o local já por volta de 20h20, para verificar a situação.

A bisavó da recém-nascida confirmou ter enterrado a menina e indicou o local.

No quintal da casa os militares desenterraram e resgataram a recém-nascida.

Inicialmente, a mãe (menor de 15 anos), a avó e a bisavó mentiram que enterraram a menina por acreditar que ela estivesse morta. Depos admitiram que enterraram a recém-nascida porque o pai da criança vivia com outra índia e não iria assumir a filha.

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