LEANDRO MAIA
DO REPÓRTER MT
O economista Emanuel Daubian, em entrevista ao Repórter MT, explicou os três principais motivos do aumento dos preços dos alimentos nos supermercados. Em julho deste ano, o preço da cesta básica, em Cuiabá, bateu R$ 698,71. Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisas e Análise (IPF-MT), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio), 53% dos alimentos estão mais caros, em relação ao mês anterior.
Para o economista, a razão de os alimentos estarem pesando no bolso da população, se deve ao período de seca, à alta dos preços dos combustíveis e aos benefícios fiscais da Lei Kandir, em Mato Grosso, que isentam a cobrança de ICMS para a exportação de produtos primários e semielaborados – como soja, milho, carnes e minérios.
“A Lei Kandir é uma geradora de inflação, porque o empresário que produz a soja ou o milho, ele pode vender para dentro ou para fora do país. O empresário tem preferido exportar, porque não paga nenhum imposto e recebe em dólar. Como o empresário está exportando mais do que vendendo para o mercado interno, isso significa que está faltando oferta de produtos básicos no mercado interno. Como a demanda permaneceu, o preço do produto alimentício aumenta e temos a inflação", explica.
Segundo o especialista, os investimentos do estado podem criar um ambiente econômico favorável para gerar maior renda para a população.
Na entrevista, o economista também dá sua opinião sobre quais devem ser os rumos da economia brasileira, dependendo do resultado das eleições. Confira!
Veja o vídeo:
Confira a integra:
Alan 27/07/2022
Show de entrevista... Fica claro que parte da nossa situação é culpa e resultado de manobras políticas em prol de grupos específicos... E o povão aí se matando por políticos X e Y... Bando de fanáticos ignorantes
Oscar 27/07/2022
A lei Kandir teve grande importância quando apoiou os produtores que transformaram o Centro Oeste em um dos celeiros do mundo. Hoje, ela está fora do contexto da economia e tem servido como entrave para os investimentos provocando grande desequilibrio social. Nada justifica que as grandes fortunas e os rentistas sejam isentos, enquanto um trabalhador pague 27,5% de IR, mais 14% de desconto para custear sua aposentadoria.. Com o que sobra, ainda vai pagar mais 30 a 60% de impostos nas suas compras.
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