ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO
Os motoristas e cobradores de ônibus de Cuiabá, via sindicato, dizem que estão cumprindo a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que estabelece que 70% da frota deve ser mantida durante o dia e 80% nos horários de pico, no período que durar a greve, que foi deflagrada na terça-feira (20), teve a adesão de 100% da categoria.
Apesar da afirmação do sindicato, o RepórterMT, em uma volta rápida pela cidade, constatou que esse número pode ser bem menor. As principais avenidas da cidade, como Prainha, CPA e Beira Rio, normalmente abarrotadas de coletivos, tiveram uma tarde de terça tranquila. A impressão que se teve é de que, nem mesmo a metade da frota estava em circulação.
A categoria reivindica 7,13% de reajuste salarial, o valor que atualmente é pago para motoristas, de R$1,600 aumentaria para R$1,800. Os profissionais contratados como cobradores recebem R$ 1.037, que com o acréscimo iria para R$ 1.110. Além do pagamento de uma comissão de R$250 para motoristas que desempenham o papel de cobrador, e pagamento de ticket alimentação.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Transportadores Urbanos (STU), a greve está sendo considerada tranquila, com pouca diferença da última paralisação ocorrida em 2005, onde os motoristas e cobradores furaram os pneus dos ônibus para evitar que os veículos saíssem das garagens.
As empresas do transporte coletivo de Cuiabá já deixaram claro que é impossível atender a reivindicação dos grevistas, vista que o valor da passagem que foi aprovado na Capital é abaixo da sugerida através do cálculo tarifário de R$2,93, mas o aprovado e implantado foi de R$2,80. A proposta das empresas é do aumento de 4,64%, para os profissionais.
Uma reunião de conciliação entre as empresas e o Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETT-CR), está agendada para esta quinta-feira (22) às 14 na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
MANIFESTAÇÃO
Na noite desta terça-feira (20), o primeiro dia da paralisação, um grupo de manifestantes tentou fechar o trânsito na Avenida Tenente Coronel Duarte, a Prainha. A pequena manifestação foi contida pela Polícia Militar, sem causar maiores prejuízos ao trânsito na avenida.