VINÍCIUS LEMOS
Profissionais da rede municipal de ensino de Várzea Grande deflagraram greve nesta terça-feira (22). Os servidores afirmam que estão sem receber reajustes salariais e pedem que a prefeitura aprove o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com a atualização do piso salarial deste ano. A Prefeitura de Várzea Grande, porém, afirmou que irá atender às reivindicações de acordo com o seu orçamento.
De acordo com o presidente da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG) Gilmar Soares, as reivindicações já haviam sido apresentadas à prefeitura. “Estamos desde o começo do ano tentando fazer com que nossos problemas sejam solucionados, porém, não conseguimos obter nenhum resultado”, relata.
Os servidores municipais também querem ser ressarcidos pelo tempo em que o salário não correspondeu ao índice inflacionário, fator que, segundo Soares, gerou prejuízo. “Alguns profissionais tiveram um déficit de até R$ 350 por conta da inflação, que não alterou o valor que recebíamos”, contou.
O OUTRO LADO
O secretário municipal de educação de Várzea Grande, Jonas da Silva, disse ao Repórter MT que não concorda com as reivindicações da classe, mas, segundo ele, a prefeitura irá atender o pedido. “A minuta para o PCCS já está pronta, mas teremos um rombo de, aproximadamente, R$ 5 milhões por conta desse reajuste. A paralisação ocorreu em um momento totalmente inoportuno. Estamos no final do ano letivo e isso será prejudicial”, disse.
Várzea Grande possui 2.600 profissionais trabalhando na rede municipal de ensino, dentre eles, 1.100 professores. Os 23 mil alunos, que estudam nas 74 escolas municipais da região, não tiveram aula nesta terça-feira.
Os servidores da rede municipal de ensino de Várzea Grande fizeram uma manifestação em frente à Câmara dos Vereadores. A ação ocorreu na tarde desta terça-feira (22).