LAÍS FERREIRA
ITIQUIRA-MT: O governo do Estado e a América Latina Logística (ALL) inauguraram neste sábado (02) o terceiro terminal da Ferrovia Senador Vicente Vuolo em Mato Grosso, conhecida como Ferronorte, em Itiquira (325 Km ao Sul de Cuiabá). O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (PR), participou do ato.
A Ferronorte pode ajudar a baratear os custos de escoamento da produção, neste primeiro momento, até o Porto de Santos (SP), no futuro, a idéia é levar os trilhos até Santarém, no Pará e Porto Velho, em Rondônia. Um grupo Chinês já estaria interessado em investir no modal.
"O Terminal de Itiquira é um passo concreto do avanço da Ferrovia em Mato Grosso", afirma o secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso (Selit/MT), Francisco Vuolo.
Outros dois terminais já funcionam em MT. Um em Alto Taquari e outro em Alto Araguaia. Com a inauguração em Itiquira, a Ferronorte já avança cerca de 300 km em MT, faltando apenas 80km para chegar a Rondonópolis, maior cidade do interior de Mato Grosso.
O trecho já está com obras em andamento e o terminal de ROO deve ser inaugurado no ano que vem. Porém, para trazer os trilhos até Cuiabá, o governo do estado terá que contar com parcerias diferentes, já que, para a ALL, não há viabilidade econômica em uma linha ROO / Cuiabá. Há dois Grupos interessados. Um da Corea, Posco e um italiano, chamado Salcef.
No ano passado, o presidente da ALL, Paulo Basílio, disse durante inauguração da "placa" que marcou o início das obras do terminal intermodal em Itiquira, que o trabalho da empresa acabaria em Rondonópolis. "A nossa obra vai até Rondonópolis. Nosso direito de explorar é até lá apenas, dali pra frente é problema do governo federal", disse.
Basílio ratificou a informação de que a intenção era chagar a Cuiabá, mas num longo prazo, porque não há viabilidade econômica para isso no momento, mas como o governo queria adiantar a obra, a empresa abriu mão do direito de explorar o trecho e passou para o governo.
"A empresa não tem interesse neste trecho entre Rondonópolis e Cuiabá e o governo federal é quem terá que fazer", salienta. O senador Blairo Maggi (PR) concorda que não há viabilidade econômica, já que a Capital não é uma região agrícola e sua produção industrial é muito pequena, mas disse que é preciso agora tomar decisões políticas e não econômicas.