DA REDAÇÃO
Nos próximos dias 3 e 4 de maio, a partir das 7:30, no CTG, o município de Alta Floresta, que fica na região norte de Mato Grosso a 812 quilômetros de Cuiabá, vai receber uma notícia que aguardava há 5 anos: a saída oficial Lista dos Desmatadores da Amazônia, criada pelo Ministério do Meio Ambiente. O índice de devastação caiu, segundo o município, em 80%.
A lista foi criada em dezembro de 2007 e a União utilizou as taxas de devastação da floresta nos últimos três anos além de dados do sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia Legal (Deter) para incluir os nomes dos municípios na lista. Em Alta Floresta os produtores tiveram restrição de crédito, de venda de produtos a diversos mercados e o “nome sujo” nas praças dos mercados interno e externo, o que prejudicou a economia local.
“Todas as operações realizadas em Alta Floresta, como Arca de Fogo, Currupira e a chamada Lista de Desmatadores causaram danos imensos à economia e a saída foi buscar alternativas para se produzir com sustentabilidade, um projeto que envolveu a todos”, disse a prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura. Para isso, ações planejadas pelo poder público, produtores e entidades do setor produtivo, iniciaram um processo para desenvolver a produção sustentável.
Irene Duarte, técnica da secretaria de Meio Ambiente de Alta Floresta, disse que agora é necessário que o poder público dê condições para o produtor produzir, mas, não com migalhas e sim com fartura, pois produzir com sustentabilidade é um desafio da Amazônia e não só de Alta Floresta”. Duarte anunciou também que o projeto desenvolvido em Alta Floresta será apresentado em junho, no Rio de Janeiro, na Conferência Rio + 20, “onde mostraremos que é possível conciliar desenvolvimento com preservação”.