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Cuiabá, 11 de Setembro de 2025
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23 de Maio de 2013, 13h:30 - A | A

POLÍTICA / MERITOCRACIA ZERO

Pinheiro quer 80% das vagas da Unemat só para alunos de MT

Deputado diz que projeto é inclusivo, mas analista discorda e diz que se trata de uma lei meramente eleitoreira, que não ajuda a melhorar a educação

ALINE FRANCISCO



Um polêmico Projeto de Lei (PL), que tramita na Assembleia Legislativa, promete dividir opiniões em MT.  O PL é de autoria do deputado Emanuel  Pinheiro (PR) e prevê a destinação de 80% das vagas disponíveis na Universidade Estadual do Mato Grosso (Unemat) para pessoas que estudaram os últimos três anos do ensino médio em MT. Alunos de fora do estado não poderiam concorrer às vagas. 
 

A universidade, que trabalha no sistema aberto, recebendo alunos de todos os estados, é mantida com recursos estaduais e esse seria o ponto crucial para justificar o projeto, segundo o deputado.

Segundo ele,  os formados aqui vão voltar para os estados de origem e Mato Grosso continuará com déficit de profissionais. “Estamos pagando para formar pessoas que vão nos deixar na mão em pouco tempo. Precisamos garantir essas vagas para nossos alunos”, diz o parlamentar.

De acorod com Pinheiro, cerca de 80% das vagas nos cursos de medicina, engenharia mecânica, administração e direito, estão sendo ocupadas por alunos de outros estados.    

Emanuel defende que o projeto é uma forma de "incluir" os jovens de MT na educação superior, já que estão perdendo espaço para estudantes de fora.

“Não sou contra a vinda de estudantes de outros estados no entanto, não é justo com a nossa população, que está cada perdendo espaço nas cadeiras das universidades Federal e Estadual”.

 

Segundo dados publicados recentemente, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é a maior ‘importadora’ de alunos, mais de 1600 jovens oriundos de outros estados, enquanto que, apenas, 167 deixaram o estado em busca de educação em outras regiões.
 

Mesmo defendendo que o projeto seria apenas um programa de inclusão, a destinação das vagas seguiria o mesmo sistema das cotas que são oferecidas em modalidades diferentes, hoje, mas todas destinadas a alunos da rede pública de ensino, alunos com renda igual ou inferior a 1,5 salários mínimo, renda igual ou inferior a 1,5 salários mínimo, ou declarando ser negro/pardo/indígena estudante de escola pública.  O projeto teria o prazo de validade de 10 anos.


Controvérsias 


O analista político e professor universitário, João Edisom de Souza, critica o projeto. Para ele o governo deveria investir em educação básica de qualidade, para garantir que esses alunos disputassem em pé de igualdade as vagas. “Esse é o famoso jeitinho brasileiro eleitoreiro. É apenas politicagem, não é para garantir a qualidade da educação superior. Esse é um projeto apenas para ganhar voto, quando chegar o período eleitoral eles [políticos] vão ‘cobrar’ esse benefício”.

João Edisom defende o sistema de ingresso na universidade através de conhecimento, e não por sistema de cotas. “Do jeito que está, daqui uns dias vão ter que criar um sistema de cota para os que não enquadram nas cotas. Essa condição cria privilégios que podem não garantir a qualidade dos profissionais que sairão dos bancos universitários”, previu. 

O projeto que tramita na Assembleia Legislativa ainda será discutido entre os parlamentares. 

Comente esta notícia

RICARDO 24/05/2013

Parabéns Emanoel Pinheiro. Aprovado

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João da Feirinha 24/05/2013

Justo, justissimo. As cotas infelizmente são necessárias. Enquanto a educação não vira prioridade, alunos de MT tem sim o direito ao acesso ao ensino superior.

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Debora Parker 23/05/2013

Produção, o deputado tá querendo criar lei de cotas só para alunos de MT? é isso mesmo produção? eita falta de ter o que fazer.

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Fernando Beloti 23/05/2013

E o Deputado ainda era professor de Constitucional. Pode Arnaldo???

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4 comentários