ANDRÉA HADDAD E ANA ADÉLIA JÁCOMO
O vereador reeleito por Cuiabá, Dilemário Alencar (PTB), avalia que a base de sustentação do prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) na Câmara de Cuiabá só foi derrotada à Mesa Diretora porque o postulante pelo grupo, Adilson Levante (PSB), teve a candidatura lançada restando quatro horas para o pleito. “Se a estratégia de lançar o Levante tivesse sido articulada há uma semana, o quadro hoje poderia ser diferente”, declarou o petebista nesta terça, 1º de janeiro, após a solenidade de posse e escolha da nova composição da Mesa.
Pelo grupo ligado a Mendes, Júlio Pinheiro (PTB) almejava a reeleição. O estreante Onofre Júnior (PSB) também lançou candidatura com a proposta de renovação. Como nenhum conseguiu viabilizar-se, Adilson foi o escolhido para encarar o adversário político do prefeito, o vereador mais votado João Emanuel (PSD), genro do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, do mesmo partido. Pinheiro enfrentou a resistência dos próprios colegas de partido. “Não tenho nada contra o Júlio Pinheiro, mas foi um desgaste natural que ele herdou da gestão passada, a população renovou a Câmara em 72% e apontava também para uma renovação na presidência”, defendeu Dilemário.
Segundo ele, foi um equívoco das lideranças partidárias a expedição de portarias com obrigatoriedade para votar no candidato da legenda, a exemplo do ocorrido no PSD, PTdoB, PTB e PSB. “O Mauro nunca participou das articulações, se participou foi na reta final, pois acompanhei o processo inteiro. Acho que as demais lideranças deveriam ter seguido o mesmo exemplo dele e deixado os vereadores livres. Com isto, iria acabar tendo chapa única”, avaliou.
Para Dilemário, não existe infidelidade partidária na eleição à presidência da Câmara. “Acabou tendo interesses maiores. Deram muita importância a esta eleição, que deveria ser deixada nas mãos dos 25 vereadores. O PTdoB baixou resolução para o Juca do Guaraná votar em João Emanuel. O PTB foi o primeiro a lançar resolução exigindo voto no candidato do partido e o Clovito (Clóvis Hugney) nunca aceitou, é uma questão interna”. O petebista lembra que, se a base tivesse articulado os votos de Faissal Kallil e Onofre Júnior, ambos do PSB, assim como o de Clovito, a eleição teria outro resultado, já que João Emanuel venceu por 14 votos a 11.
Apesar do novo presidente da Câmara ter sido eleito pelo arco de alianças de oposição a Mendes, Dilemário avalia que o prefeito não vai ter dificuldades na administração. “Não creio que a eleição do João Emanuel vai atrapalhar a gestão do Mauro Mendes porque são dois poderes diferentes. Tenho certeza que o João Emanuel vai respeitar o Executivo e este o Legislativo”.
Carlos Silva Sales 08/01/2013
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edesio do carmo adorno 02/01/2013
Sensato,ponderado e com espirito conciliador. Eis, em síntese, o pensamento do vereador Dilemário Alencar do PTB. Com essas características, vejo em Dilemário um candidato em potencial à liderança do prefeito. Alencar pode aparar as arestas que sobraram da eleição da mesa diretora da Câmara de Cuiabá. O discurso de Dilemário deveria ser assimilado pelos assessores mais próximos do prefeito Mauro. Chega de intrigas, fofocas e maldades. É hora de trabalhar. Cuiabá espera muito do prefeito e de cada vereador.
Valeria Gomnes 02/01/2013
Dilemário. Nunca fui seu fâ, mas apos esta reportagem, admirei sua postura.Concordo plenamente, Mauro Mendes disse que não iria se meter na mesa diretora, não apoio seu candidato Onofre, e depois vem dizer em traições, me poupe. Certo estava o Dep.Valtenir Pereira, que envolveu desde o inicio, este é o papel do lider partidário,e não Mauro Mendes, que quis se envolver somente no final, não espeitando as palavras do seus vereadore. Mauro Mendes, eu sai do PSB, desde que você é sua corja Suelme e Beto entraram, ajudei em 2010, mas vi que voce somente tem interesses pessoais e sua esposa acha que a verdade absolutas é a dela, atinge as pessoas sem respeitar seus familiares. Mas torço que faço um bom mandato, e assim que deve ser. Parabens Dilemario, Faissal e Onofre, ganharam o meu respeito, agora trabalhem, agora voce Levante, nao deveria ter aceitado este papel de tampa buraco, francamente.
Rubens Almeida 02/01/2013
Está certíssimo a leitura do Vereador Dilemário, Mauro foi fraco e aceitou o jogo do Galindo, deixando de apoiar um candidato do seu partido, o Onofre Jùnior, depois arrogantemente quis obrigar Onofre a votar em Júlio, incluisive ameaçando na frente de outros vereadores. Uma coisa ele aprendeu, a câmara não é a bimetal e os vereadores não são seus funcionários.
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