MANUELA DE MOURA
METRÓPOLES
371A operação mais letal da história do Rio de Janeiro segue repercutindo na imprensa internacional. Com o número de mortos atualizado para 119 nesta quarta-feira (29/10), veículos de diversos países destacaram o choque mundial com a ação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou também quatro policiais entre as vítimas.
Desde terça-feira (28/10), a mídia estrangeira acompanha de perto a megaoperação, que o governo do estado classificou como um “sucesso” contra o Comando Vermelho, enquanto organizações de direitos humanos e veículos internacionais apontam para o elevado número de mortos e a falta de transparência nas informações oficiais.
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“Situação semelhante a uma guerra civil”, diz jornal alemão
O jornal Süddeutsche Zeitung (SZ), um dos principais da Alemanha, descreveu que o Rio de Janeiro vive uma “situação semelhante a uma guerra civil”.
“Trata-se do confronto mais sangrento entre a polícia e grupos criminais da história da cidade”, escreveu o SZ.
Já o portal argentino Clarín mantém cobertura ao vivo sobre o caso e classificou a operação como um “massacre”. O jornal relatou que moradores encontraram dezenas de corpos em áreas de mata e praças da Penha e do Alemão, muitos ainda sem identificação.
Nesta quarta, o Ministério da Segurança argentino colocou as fronteiras em “alerta máximo” para monitorar eventuais deslocamentos de criminosos, segundo a ministra Patricia Bullrich. “Vamos observar com atenção todos os brasileiros que cruzem a fronteira, sem confundir turistas com membros do Comando Vermelho”, disse ao Clarín.
Na mesma reportagem, o jornal repercutiu as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, ficou “estarrecido” com o número de mortos. Leia a matéria completa no Metrópoles.
























