APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O deputado federal José Medeiros (PL) classificou como uma questão de “segurança nacional” o combate ao tráfico de drogas no Brasil após as imagens de violência registradas no Rio de Janeiro, nessa terça-feira (28), durante uma operação das forças de segurança. Para o parlamentar, se o Governo Federal não tomar uma atitude, o cenário tende a se repetir em outras regiões do país.
“Se o Governo Federal continuar omisso, o Rio de Janeiro será apenas um trailer do que pode acontecer nos estados de fronteira. Precisamos entrar com força antes, não depois, com investimento em tecnologia, polícia forte, e sobretudo cerrar as fronteiras e cortar o dinheiro do crime”, disse o deputado ao
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Medeiros ainda pontuou que “não é com discurso” que a situação será resolvida, mas com integração da inteligência, controle das fronteiras, cooperação entre as forças estaduais e endurecimento das leis penais.
“Estamos falando de facções que hoje atuam com armamento de guerra, drones com explosivos e uso de civis como escudo humano. Isso já ultrapassou o limite do crime comum e se aproxima do terrorismo doméstico”, pontuou.
Ele ainda ressaltou que Mato Grosso é um estado que interessa ao crime organizado pela sua posição geográfica estratégica. “Nosso estado está na rota direta do tráfico internacional, fazendo fronteira com países que hoje têm facções e narcoguerrilhas atuando abertamente”, disse.
Guerra contra facção criminosa
Durante a operação policial realizada nos morros do Alemão e da Penha, foram mortas 121 pessoas, dentre as quais quatro policiais. É a ação policial com maior número de mortos da história do Rio de Janeiro.
Tudo começou com uma operação contra faccionados escondidos nas comunidades, durante a manhã. No início da tarde, as lideranças da facção criminosa predominante daquela região determinou que fossem realizadas ações em represália em diferentes pontos da cidade do Rio de Janeiro.
Todo o efetivo da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi colocado na rua. Questionado, o governador Cláudio Castro (PL) disse que pediu ajuda ao Governo Federal para que fossem cedidos blindados da Marinha, mas recebeu uma negativa como resposta.
Após a repercussão, integrantes da cúpula do governo, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, vieram à público tentando responsabilizar o Governo do Estado.
“O que me causa estranheza e indignação é o Governo Federal se recusar a oferecer apoio imediato, quando a Constituição é claríssima: segurança pública é responsabilidade de todos os entes federativos, e a União tem o dever de agir quando a situação ameaça a soberania, especialmente em áreas sob o domínio do crime organizado”, destacou Medeiros.
“Se o governo pode mandar bilhões para a Nicarágua, Venezuela e Cuba, não pode faltar helicóptero, blindados e inteligência para proteger o povo do RJ”, concluiu.
























