ANA ADÉLIA JÁCOMO
O prefeito Mauro Mendes (PSB), desde que tomou posse no Palácio Alencastro, conseguiu sua primeira “vitória” no parlamento cuiabano nessa terça-feira (13). Na sessão que votou os quatro projetos, conhecidos como “pacotão dos transportes”, tiveram os vetos mantidos pelos vereadores. Apenas seis votaram pela derrubada, 17 pela manutenção e duas abstenções.
As propostas se referiam à volta dos cobradores, pagamento da tarifa por moeda corrente, ampliação do tempo de integração, passe-livre irrestrito aos estudantes e a extensão deste benefício para estudantes de pós-graduação e de cursos profissionalizantes e pré-vestibulares.
Para o analista político João Edisom, a relação da prefeitura com a Câmara entrou em outro momento, de mais diálogo. “Foi uma ação política do prefeito. Coisa que ele tinha dificuldades para chamar os vereadores para uma conversa. A inabilidade política fez com o Mauro perdesse boas oportunidades”, disse o profissional.
Apesar de sinalizar para uma aproximação dos Poderes, João Edisom relembrou que o presidente da Casa, João Emanuel (PSD), não votou de acordo com a proposta. Revoltado com a derrubada dos projetos, o social-democrata expôs suas ideias em redes sociais e releases enviados à imprensa. “O presidente não votou pelo veto, por isso creio que a Câmara continua em rota de colisão com a prefeitura”, disse ele.
Em um dos trechos, João Emanuel diz: “Não considero essa votação uma derrota, muito pelo contrário: ela transcorreu de forma democrática. A manutenção dos vetos do Executivo nos incentiva a lutar mais para que a população consiga acessar os benefícios inseridos nos projetos barrados pelo prefeito da capital. Empreendemos importante avanço sequencial, pois não ficará estatizado”, disse ele.