Vereadores de Cuiabá e Mauro fazem balanço dos primeiros seis meses

RENAN MARCEL - DA REDAÇÃO

Embate entre Legislativo e Executivo por questões orçamentárias marcaram o semestre (Foto: Reprodução)

RENAN MARCEL - DA REDAÇÃO

Os poderes Executivo e Legislativo da capital mato-grossense devem divulgar nesta quinta-feira (25) um balanço dos primeiros seis meses das novas gestões.

À frente do Palácio Alencastro, o prefeito Mauro Mendes (PSB) se reuniu com secretários e vereadores da base aliada, já nesta quarta (24), para avaliar os feitos e estabelecer novas metas, com tendência a trancar o cofre. O encontro deve terminar amanhã, mas o pronunciamento do prefeito ainda não tem hora e local agendados.

Mendes deve se vangloriar do avanço na área da Saúde, principalmente com o aumento do número de médicos atendendo, que passou de 48 para 125, segundo números da Prefeitura. Nessa área, o prefeito ainda pode contar com a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Francisco Belo Galindo, projeto iniciado na gestão anterior, mas finalizado dentro dos seus primeiros passos na Prefeitura.

O socialista também pode acrescentar aos pontos positivos o projeto “Novos Caminhos”, no qual serão investidos o total de R$ 235 milhões para o recapeamento e asfaltamento de 450 km de ruas da Capital. Com recursos do governo federal e do IPTU cuiabano, o programa parece uma evidente continuação do “Poeira Zero”, mas a renomeação do projeto é uma tentativa de se desvencilhar da administração anterior.

O Orçamento Participativo, que pretende aproximar a população das decisões sobre o uso de parte dos recursos da Prefeitura, também é uma intenção que pode ser avaliada de forma positiva.

Em compensação, do lado negativo, o prefeito enfrentou a problemática desocupação no bairro Doutor Fábio II, assunto que não soou muito bem aos ouvidos dos moradores do bairro. Cerca de 200 família atingidas pela medida compareceram ao Legislativo para pressionar os vereadores a mediarem a questão. Com o impasse, a Prefeitura desistiu da desocupação e resolver realizar antes um estudo socioeconômico para ver a viabilidade do plano de desocupação das áreas, que estão, muitas delas, ocupadas de forma irregular.

Também pesa contra a administração do socialista o constante embate com a Câmara Municipal, na qual nem mesmo os vereadores da base aliada, maioria na Casa, conseguem sustentar as medidas do prefeito. As questões orçamentárias, como o duodécimo e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), foram os principais motivos dos enfrentamentos.

Na Câmara, as ações da gestão do vereador João Emanuel (PSD), presidente a Casa, também devem ser destacadas. Os vereadores enaltecem medidas como o impedimento do reajuste no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), a criação de uma comissão para acompanhar os trabalhos da CAB Cuiabá e a criação de um núcleo de combate ao consumo de crack e outras drogas.

Mas, a sociedade deve se lembrar, realmente, de que, já nos primeiros meses de 2013, os vereadores aprovaram os seus próprios reajustes salariais. O rendimento sofreu aumento superior a 63% em relação aos 19 parlamentares que encerram os mandatos em 2012. As verbas indenizatórias e de gabinete, saltaram de R$ 9,2 mil para R$ 15 mil.